COTIDIANO
Nunca houve um guitarrista como Jimi Hendrix!
Publicado em 18/09/2017 às 6:42 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:44
Para Alex Madureira, que levou os sons de Hendrix para Jaguaribe
Jimi Hendrix é o maior guitarrista de todos os tempos. Um lugar comum. Mas está certo!
Os garotos que hoje estudam o instrumento e têm às mãos todos os recursos tecnológicos farão coisas inacreditáveis com uma Fender semelhante à de Hendrix. Mas não inventarão nada. Não escreverão a gramática, nem a história, como Jimi fez numa carreira tão intensa quanto meteórica, entre 1966 e 1970.
Ele foi descoberto em Londres, na época em que os Beatles e os Rolling Stones comandavam a cena roqueira da cidade, e impressionou todos os que puderam vê-lo ao vivo. Os melhores guitarristas – gente como Eric Clapton e Jimmy Page – ficaram perplexos. E quiseram desistir.
Dizer que a guitarra é extensão do corpo de Jimi Hendrix é outro lugar comum. Tanto quanto classificá-lo como o maior de todos os guitarristas. Mas também é verdade. Com o instrumento colado ao corpo, ou dando voltas ao redor deste, às vezes tocando com a boca, Hendrix ultrapassa os limites das convenções musicais.
Produz ruídos que se misturam ao que não é ruído. Notas certas no lugar certo fundidas a notas que poderiam ser consideradas incorretas. Acordes que não estão nos manuais, dedos pressionando cordas e trastes como ninguém ousaria fazer. Invenção pura. Resultado excepcional.
Como as cores que um gênio da pintura joga numa tela.
Hendrix lançou três discos gravados em estúdio antes de morrer aos 27 anos, em 18 de setembro de 1970. Mas a discografia é extensa. Alguns dos muitos discos póstumos estão à altura da sua importância. Há fabulosos registros ao vivo. Também em estúdio.
Todo o material foi recuperado, restaurado à luz dos mais avançados recursos tecnológicos disponíveis nos estúdios da era digital. A família cuida bem da memória e do legado musical.
Os sons que produziu na guitarra Fender já atravessaram quase cinco décadas desde que Jimi Hendrix morreu, há 47 anos. E permanecem ousados e modernos.
Se tiverem boa vontade (e bons ouvidos), os garotos de hoje facilmente confirmarão!
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