COTIDIANO
Canções contra a ditadura viram rock pesado com Marya Bravo
Publicado em 22/09/2017 às 9:34 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:44
O nome é Marya Bravo.
Ela canta muito.
O pai é Zé Rodrix, aquele que compôs (com Tavito) Casa no Campo e integrou o trio Sá, Rodrix e Guarabyra.
A mãe é Lizzie Bravo, a única brasileira que gravou com os Beatles. Fez vocal em Across the Universe.
Marya estudou canto nos Estados Unidos e, no Brasil, já fez vários musicais.
De Pai Para Filha é o disco que dedicou ao repertório autoral de Rodrix. Ótimo trabalho.
Comportamento Geral - Canções da Resistência é o disco em que se debruça sobre músicas de protesto contra a ditadura militar.
Embora tenha Apesar de Você, Cálice e Roda Viva, o repertório não é de escolhas óbvias. Lá estão Gás Neon, Corpos e Demoníaca. Nada óbvias!
Outra coisa: Marya mudou tudo ao resgatar essas 13 músicas. Fez um disco de rock pesado. Ela é acompanhada por um power trio (guitarra, baixo e bateria) e transforma todo o repertório em rock.
Combina bem com a sua voz. E dá uma nova força a essas canções compostas entre 1967 e 1977.
Os retratinhos reunidos na capa do disco são de mortos e desaparecidos.
O CD começa com Pesadelo. Você corta um verso, eu escrevo outro.
E termina com Sinal Fechado. Por favor, não esqueça.
Comportamento Geral - Canções da Resistência não tem Caminhando, de Vandré.
Felizmente!
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