SILVIO OSIAS
Criminalizar o funk seria patético! Ouçam Lulu Santos!
Publicado em 08/11/2017 às 6:21 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:44
Uma noite dessas, Pedro Bial estava entrevistando Guilherme Arantes.
O cara (Arantes) é doutor em hits!
Conversa vai, conversa vem, aí Bial chamou o músico de Rei do Pop do Brasil.
A resposta veio na hora:
O Rei do Pop do Brasil não sou eu!
É Lulu Santos!
Bem, o nosso Rei do Pop anda às voltas com uma nova empreitada. Totalmente pop, é claro. E muitíssimo contemporânea.
Ela se chama Baby, Baby, CD em que relê o repertório de Rita Lee.
Rita, outra grande hit maker, revisitada com pouco rock. Foi a opção de Lulu.
Nesta quarta-feira (08), amanheci com uma entrevista de Lulu Santos no G1, matéria assinada por Carol Prado.
Gosto da conversa dele. É inteligente.
Falou do disco, do que ouve, da influência das redes sociais no consumo de música, etc.
Quero destacar um trecho.
Perguntado sobre as iniciativas que tentam criminalizar o funk, o artista respondeu assim:
A tentativa de criminalização é patética. Criminalizar cultura. Claro que você pode ter um nível de preocupação com a mensagem que aquilo leva. Mas negar a realidade das pessoas e impedir que elas retratem suas realidades é fascismo.
Lulu também foi abordado sobre censura.
Está aí a resposta:
Sinto isso não como uma manifestação oficial da volta da censura ou repressão, mas como um anseio e um barulho feito por uma parte muito conservadora da sociedade, que aprendeu a se mobilizar. E aí tem o fenômeno da rede social, que dá voz a esse tipo de mobilização.
Fecho com Lulu Santos cantando Rita Lee. Ovelha Negra.
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