COTIDIANO
Morreu Chico Salles. Ouvi-lo era uma dádiva, diz Vladimir Carvalho
Publicado em 27/11/2017 às 6:00 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:44
O cordelista, cantor e compositor paraibano Chico Salles, de 66 anos, morreu neste sábado (25) no Rio de Janeiro.
Ele teve um quadro de insuficiência respiratória no Instituto Nacional do Câncer, onde estava internado.
Ontem (26), o cineasta Vladimir Carvalho usou o Facebook para prestar uma homenagem ao amigo.
Segue o texto de Vladimir:
Chico Salles foi embora, sem mais nem menos, deixando para trás o insuportável transtorno de sua perda, o vazio!
Vê-lo e ouvi-lo, com seu coração de menino, cantando e dançando, era uma dádiva para todos nós, na Lapa, nas Laranjeiras da vida, em São Cristóvão, em São Paulo com Zé Nêumanne e Boldrin nos programas de TV, na Paraíba, em Brasília no seu Clube do Choro.
Não teve tempo sequer de dizer adeus. Se foi com o coração e alma cheios de música e bondade para consternação de sua família e de todos nós, seus amigos, uma bancada deles, encabeçada por um agora inconsolável Edmar Oliveira.
Vai Chico, ser alegre e feliz no céu.
Saudades do seu de sempre Vladimir Carvalho.
Chico Salles era paraibano de Sousa, onde nasceu em 1951.
Morava no Rio de Janeiro desde o início da década de 1970.
Sua música é resultado de uma soma: do que ele levou do Nordeste com o que encontrou no Rio.
Um forrozeiro no samba. Ou um sambista no forró. No caso de Chico, tanto faz.
Em 2015, no CD Rosil do Brasil, Chico Salles fez uma feliz releitura da música de Rosil Cavalcanti, esse pernambucano que virou paraibano, ou, mais ainda, campinense.
É o título mais recente da sua pequena discografia (há mais um, ainda inédito).
Podemos ouvi-lo para confirmar as palavras de Vladimir Carvalho.
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