QUAL A BOA?
Fest Aruanda tem noite especial na homenagem a Elba Ramalho
Publicado em 05/12/2017 às 5:28 | Atualizado em 22/06/2023 às 13:52
A edição 2017 do Fest Aruanda teve uma noite muito especial nesta segunda-feira (04), na homenagem a Elba Ramalho.
Ao entregar o troféu Aruanda a Elba, o festival resgatou a atriz que há na cantora, essa grande artista paraibana.
A homenagem, com a exibição de Ópera do Malandro, reuniu Elba Ramalho e Ruy Guerra.
A coletiva de imprensa se transformou numa conversa preciosa.
A atriz e o cineasta, juntos, falando sobre a realização do filme.
O receio que Elba tinha de atuar no cinema.
A certeza de Ruy (e de Chico Buarque) de que ela brilharia na tela grande.
O amor dela ao seu ofício. O perfeccionismo dele no set de filmagem.
Perguntei a Ruy Guerra se havia um único musical clássico do cinema americano que teria servido de referência à Ópera do Malandro. Ele disse que não, mas discorreu sobre a sua admiração pelo gênero, de Astaire (ou Kelly) a Bob Fosse.
Depois, o filme. Revisto de longe.
Esses mais de 30 anos que nos separam do tempo em que foi feito o fizeram melhor.
A distância confirma a qualidade, a beleza, a permanência.
Foi o que eu disse a Elba numa breve conversa depois da exibição.
E foi o que ouvi dela.
A sequência de Elba e Cláudia Ohana, em O Meu Amor, está nas antologias da relação do cinema com a música do Brasil.
O dueto de Elba com Edson Celulari, em Pedaço de Mim, é de grande força dramática ali no desfecho da trama.
Viva Chico Buarque! - bradou Elba ao deixar a sala de projeção.
Viva Elba Ramalho!
O Fest Aruanda nos fez lembrar do termo cantriz e foi justíssimo com essa artista e cidadã que tanto nos orgulha.
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