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COTIDIANO

Elomar Figueira Mello, um adorável reacionário, faz 80 anos

Publicado em 21/12/2017 às 6:59 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:43

Nesta quinta-feira (21), Elomar faz 80 anos.

Elomar Figueira Mello.

Onde ele está?

Recolhido em suas terras, junto com seus bodes, lá em Vitória da Conquista?

Provavelmente.

Mas temos a sua música. Vamos ouvi-la, hoje, em sua homenagem.


				
					Elomar Figueira Mello, um adorável reacionário, faz 80 anos

Apois pro cantadô i violero Só hái treis coisa nesse mundo vão Amô, furria, viola, nunca dinhêro Viola, furria, amô, dinhêro não

Esse foi o primeiro impacto.

O Violeiro, versos escritos assim mesmo, com essa grafia. Como se fosse um dialeto do Sertão da Bahia.

Aquela voz. Aquele violão. Diferentes de tudo o que ouvíamos.

Era a faixa de abertura do LP Das Barrancas do Rio Gavião, de 1973.


				
					Elomar Figueira Mello, um adorável reacionário, faz 80 anos

Seis anos mais tarde, em 1979, veio o álbum duplo Na Quadrada das Águas Perdidas.

Não havia mais nenhuma estranheza provocada pelos sons daquele cara - criador de bodes em Vitória da Conquista, arquiteto graduado em Salvador, violonista de formação erudita.

Já havíamos assimilado a música dele. Tudo era beleza no seu universo musical e poético.

Elomar Figueira Mello.

Ou, simplesmente, Elomar.

Homem de ideias atrasadas, um reacionário, como dizíamos no passado, mas autor de uma obra incrível.

A música de um Brasil profundo e desconhecido.

Elomar e seu violão. Elomar e alguns poucos músicos. Elomar e uma orquestra sinfônica.

Canções soltas reunidas num disco. Ou trabalhos conceituais (Fantasia Leiga para um Rio Seco) compostos por um artista talentosíssimo e muito original.

Elomar não faz televisão, raramente dá entrevista, não quer conversa com gravadoras.

Grava seus discos de forma independente e os vende caríssimos na porta dos teatros onde se apresenta.

Jamais usa a palavra show. Prefere concerto. Ou recital. Ou cantoria.

Quando vou vê-lo ao vivo, ou ouvi-lo em discos, esqueço todas as suas idiossincrasias.

E me entrego à extrema beleza da sua música.

Imagem

Silvio Osias

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