COTIDIANO
Rita Lee, a mais completa tradução de Sampa, faz 70 anos
Publicado em 31/12/2017 às 7:44 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:43
Neste domingo (31), Rita Lee faz 70 anos.
Rita Lee Jones.
Nós a conhecemos assim: ao lado dos irmãos Baptista.
Ela, Arnaldo e Sérgio.
Os Mutantes.
Antes de ser a nossa maior roqueira, Rita Lee integrou o grupo de rock mais importante do Brasil.
Os Mutantes, com seu rock de vanguarda que, bem mais tarde, conquistou dimensão internacional, estava ao lado de Gilberto Gil e Caetano Veloso no Tropicalismo.
Com Gil, em Domingo no Parque. Com Caetano, em É Proibido Proibir.
Todos juntos no manifesto tropicalista e em outros momentos do movimento, nos idos de 1967 e 1968.
A discografia dos Mutantes, sem qualquer exagero, coloca o grupo entre o que há de melhor no rock do mundo.
Longe do grupo, após um rompimento traumático, Rita Lee virou uma espécie de rainha do rock nacional, grande vendedora de discos ao lado do Tutti Frutti, a banda que a acompanhava.
Casada com o guitarrista Roberto de Carvalho, mesclou o rock com o pop. Os dois, Rita e Roberto, competentes hitmakers.
Uma cantora de Bossa Nova que canta rock. Ou uma cantora de rock que canta Bossa Nova. Uma coisa ou outra, na definição de João Gilberto.
Homenageada por Gil em Quando, por Caetano em Sampa, por Chico em Paratodos, Rita Lee chega aos 70 anos fora dos palcos e estúdios.
No livro que escreveu, ressentida ou bem-humorada, conta sua história com a liberdade dada pela passagem do tempo.
Túmulo do samba. Berço do rock. Nesses últimos 50 anos, poucos representaram tão bem a música de São Paulo quanto Rita Lee Jones.
Quando a governanta der o bode, pode crer que eu quero estar com você!
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