COTIDIANO
Eric Clapton, que já foi chamado de Deus, está muito doente
Publicado em 15/01/2018 às 6:52 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:43
Em 2016, depois de completar 71 anos e lançar um novo disco, Eric Clapton anunciou que sofria de neuropatia periférica, uma doença que provoca dores que praticamente o impedem de tocar guitarra.
No CD, o músico era retratado por Peter Blake, artista que trabalhou com os Beatles na capa do Sgt. Pepper.
O título do disco trazia um comentário sobre o estado do guitarrista:
I Still Do.
Eu inda faço.
Ainda em 2016, Clapton lançou mais dois discos, mas não eram trabalhos novos.
O primeiro, uma coletânea de números ao vivo do projeto Crossroads.
O segundo, uma apresentação ao vivo que teve o amigo J.J. Cale como convidado.
No ano passado, foi visto numa cadeira de rodas no aeroporto de Los Angeles.
E agora, numa entrevista à BBC, anunciou que está perdendo a audição.
Às vésperas de completar 73 anos, Eric Clapton, na verdade, é um sobrevivente do alcoolismo e da dependência de drogas pesadas como a heroína.
A despeito dos excessos que cometeu, nesses mais de 50 anos de carreira, pôde oferecer ao seu público um trabalho de grande qualidade, desde o tempo (segunda metade da década de 1960) em que foi chamado de Deus nos muros pichados em Londres.
Clapton brilhou no Cream, power trio que formou ao lado de Jack Bruce e Ginger Baker.
Depois, no Blind Faith, grupo que só produziu um disco.
Com o Derek and The Dominos, fez Layla and Other Assorted Love Songs, álbum antológico do rock.
A capa interna de uma compilação lançada no início do anos 1970 mostrava as muitas caras de Eric Clapton. Ele nunca parecia ser a mesma pessoa.
A sua carreira também tem sido assim: multifacetada.
Mas é no blues que brilha mais intensamente.
Clapton, seu instrumento, sua voz, sua técnica, seu feeling.
Tudo o coloca entre os maiores guitarristas de todos os tempos.
Ele é um verdadeiro deus da guitarra!
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