COTIDIANO
Quer dizer que é para jogar fora os discos de Fagner?
Publicado em 01/03/2018 às 6:39 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:43
Leram Farenheit 451, de Ray Bradbury?
Viram Farenheit 451, de François Truffaut?
Livro e filme falam de um mundo totalitário, no futuro, onde os livros são proibidos.
A ordem estabelecida é ameaçada por quem os tem em casa.
Eles são queimados pelos bombeiros.
Postagens nas redes sociais me trazem a lembrança de Farenheit 451.
Fagner - sim, o cantor cearense - é coxinha, verifiquei num desses posts.
Os discos dele, portanto, são lixo, porcaria.
Devem ser jogados fora.
Fagner, confesso, nunca esteve entre os meus artistas preferidos, mas gosto muito dos discos que ele gravou na década de 1970.
A sugestão de que é para jogá-los no lixo me estarrece.
Precisamos, então, pedir atestado ideológico ao artista antes de ouvi-lo?
Ou: só podemos gostar da música se tivermos - ouvinte e artista - o mesmo perfil ideológico?
Encerro com o Fagner que, para mim, permanece essencial.
Manera Frufru, Manera
Ave Noturna
Raimundo Fagner
Orós
Quem Viver Chorará
Beleza
Comentários