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COTIDIANO

BOSSA NOVA 60: É promessa de vida no teu coração

Publicado em 19/07/2018 às 7:42 | Atualizado em 30/08/2021 às 23:38


				
					BOSSA NOVA 60: É promessa de vida no teu coração

Nos anos 1950, Ella Fitzgerald gravou os songbooks dos grandes compositores americanos do século XX. Naqueles discos, está uma parte significativa do melhor cancioneiro popular do mundo.

No início da década de 1980, como se algo estivesse incompleto, a dama do jazz fez o songbook de Antônio Carlos Jobim. Ella Abraça Jobim.

Antes, na segunda metade dos anos 1960, Tom dividira um disco com Frank Sinatra, o maior cantor popular do século passado. Francis Albert Sinatra & Antônio Carlos Jobim.

Os dois discos - o de Ella e o de Sinatra - podem ser tomados como síntese da dimensão internacional da Bossa Nova.

Em 2000, quando se apresentou em Londres, João Gilberto foi visto por Eric Clapton. O guitarrista, um dia chamado de "Deus", ficou tão impressionado que resolveu compor uma bossa (Reptile). Fez mais: na sua turnê mundial do ano seguinte, abria o show num banquinho, tocando um blues e seu samba Bossa Nova.

A despeito do êxito internacional, a Bossa Nova está identificada com um projeto de Brasil, independente do que pensam seus críticos e até mesmo à revelia de muitos dos seus protagonistas.

Não é por acaso que o destino do Brasil e dos brasileiros está presente de forma tão nítida na obra a um só tempo exuberante e profunda de Antônio Carlos Jobim.

Tom foi um grande brasileiro, e o movimento do qual participou como fundador fala do que somos capazes com o nosso talento e as nossas singularidades.

Fecho com um texto do jornalista Luiz Fernando Vianna:

A Bossa Nova espelha um Brasil ideal. Nacional e cosmopolita, silencioso e capaz de mexer no som do mundo. Leve e profundo. Temos ou devíamos ter a Bossa Nova como um espelho do que devíamos ser. 


				
					BOSSA NOVA 60: É promessa de vida no teu coração

ESTE TEXTO ENCERRA UMA SÉRIE SOBRE OS 60 ANOS DA BOSSA NOVA. 

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Silvio Osias

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