COTIDIANO
Nosso ROCCO tinha quatro patas
Publicado em 14/11/2018 às 8:16 | Atualizado em 30/08/2021 às 23:37
Nosso ROCCO tinha quatro patas.
E era lindo.
O ROCCO do nome dele veio do nome de um outro ROCCO.
Um ROCCO belo e trágico.
O Alain Delon de Rocco e Seus Irmãos.
Nosso ROCCO nasceu lá em casa mesmo, numa noite de domingo.
Filho de Samuel e Oona.
Era o único bicolor na nossa matilha de beagles.
Inseguro e submisso ao pai biológico.
Tinha medo das visitas e dos fogos de artifício das noites juninas.
Era inofensivo. Nunca mordeu ninguém.
Mas adorava latir para a rua. E para o vizinho Marley. Os dois se comunicavam como amigos.
A cadelinha Laika também parecia ser sua amiga. Dormiam juntos. Um aconchegando o outro.
ROCCO.
Roquinho.
Rocão.
Doca.
Tinha nome e apelidos. Conhecia todos. Sabia que eram seus. E que traduziam nosso amor por ele.
Adorava ficar escondido.
Atrás dos travesseiros.
Dentro do guarda-roupa.
No tronco do coqueiro.
Não adiantava. Estava sempre ao alcance dos humanos.
ROCCO nos deixou nesta terça-feira (13).
Tinha sete anos.
Era um cãozinho adulto.
Mas era o mais ingênuo da nossa matilha.
Como se nunca tivesse perdido o jeito de filhote.
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