COTIDIANO
RETRO2018/Paul Simon
Publicado em 31/12/2018 às 9:07 | Atualizado em 30/08/2021 às 23:36
In the Blue Light, o disco novo de Paul Simon, é imprescindível para quem acompanha de perto o seu trabalho. Traz um homem velho recriando canções. Elas vêm de discos gravados entre 1973 (There Goes Rhymin' Simon) e 2011 (So Beautiful or So What).
Os timbres são outros, os instrumentos, os arranjos, o jeito de cantar. A exposição do que talvez estivesse escondido nas gravações originais. Um certo desejo de tornar essas canções ainda mais perenes. De acentuar o que lhes confere permanência, resistência à passagem do tempo.
É justo pressupor que são canções da predileção do autor. E é fácil constatar que são canções pouco conhecidas. Não são grandes sucessos. É como se ele nos sugerisse: "Prestem atenção nessas aqui. Elas são tão bonitas também".
E como são!
In the Blue Light traz músicos excepcionais e formações menos comuns nos discos de Simon. Há de Wynton Marsalis aos brasileiros do Duo Assad, de Jack DeJohnette e Steve Gadd ao sexteto yMusic .
E há canções perfeitas como René and Georgette Magritte with Their Dog After the War, que reputo como uma das mais inspiradas de todo o cancioneiro de Paul Simon.
Hoje não tem mais Phil Ramone, mas, aos 84 anos, Roy Halee divide a produção com Simon. A parceria dos dois, que vem de longe, é um selo de altíssima qualidade.
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