SILVIO OSIAS
Peter Fonda só precisou de um filme para ser ícone da contracultura
Publicado em 17/08/2019 às 7:38 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:40
Peter Fonda morreu nesta sexta-feira (16) aos 79 anos.
Tinha câncer de pulmão.
O pai, Henry Fonda, foi um dos grandes atores do cinema americano.
A irmã, Jane Fonda, se notabilizou por muitos dos filmes nos quais atuou e também como ativista política e símbolo sexual.
Peter não fez uma carreira exemplar como ator, mas, sem ele, não haveria um filme que mudou o cinema americano há 50 anos.
Peter Fonda foi ator, produtor e roteirista de Easy Rider (no Brasil, Sem Destino).
A aventura dos dois motociclistas (Fonda e o diretor Dennis Hopper) que saem vagando pelas estradas americanas mexeu profundamente não só com o jeito de se contar uma história na tela grande, como também ofereceu novos parâmetros para a indústria do cinema.
A liberdade narrativa e a opção pelo baixo orçamento exerceriam forte influência sobre muita coisa que vimos depois de Easy Rider.
Peter Fonda morreu nos 50 anos de Woodstock. Há uma força simbólica nessa coincidência porque Easy Rider e o festival agora cinquentenário são marcos profundos da contracultura.
"Eu sei o que é estar morto" - John Lennon ouviu de Peter Fonda em 1965.
Inspirado na frase, e depois de trocar o "he" pelo "she", Lennon compôs She Said, She Said, que os Beatles lançaram em 1966.
"Ergam seus copos pela liberdade" - disse a família de Peter Fonda ao anunciar a sua morte.
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