SILVIO OSIAS
Unhandeijara Lisboa, Vila 777 e a consciência universal de Jaguaribe
Publicado em 12/02/2020 às 6:53 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:38
Madalena Alves, minha avó Stella e minha mãe eram amigas da Igreja do Rosário.
Madalena fora professora do meu pai.
Madalena foi a primeira vereadora de João Pessoa.
Só entende quem conhece a geografia do bairro de Jaguaribe: a frente da sua casa ficava na Alberto de Brito. Os fundos davam para a Senador João Lira.
Foi naquele quintal que seu sobrinho Unhandeijara (Nandi) Lisboa construiu um lugar para morar.
Uma casinha linda, toda de tijolos aparentes.
Tinha até nome:
Vila 777.
Alarico Correia Neto passou um tempo lá.
Carlos Aranha também.
Gonzaguinha foi hóspede.
Belchior, visitante.
Martinho Campos, frequentador.
O negócio de Nandi era xilogravura.
Arte Postal.
Clube da Gravura.
Ativismo cultural.
No dia 22 de novembro de 1975, um sábado, Nandi abriu os portões da Vila 777 para a primeira edição da Noite de Consolidação da Consciência Universal de Jaguaribe. Não sei se houve outras.
Dois dias antes, morrera Franco, o ditador espanhol.
Houve um momento da festa em que a morte do generalíssimo foi celebrada.
Todos gritaram:
Franco está morto!
Viva a Espanha!
Viva a Democracia!
Unhandeijara Lisboa nos deixou nesta terça-feira (11).
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