SILVIO OSIAS
"A mulher é um livro místico. Somente a alguns é dado lê-la"
Publicado em 08/03/2020 às 7:23 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:38
No Dia Internacional da Mulher, toda a beleza que há em Elegia, que Caetano Veloso gravou no disco Cinema Transcendental, de 1979. O original é do poeta inglês John Donne, nascido no século XVI. Augusto de Campos traduziu para o português. Péricles Cavalcanti adaptou os versos e compôs a melodia. ELEGIA Deixa que minha mão errante adentre atrás, na frente, em cima, em baixo, entre Minha América, minha terra à vista Reino de paz se um homem só a conquista Minha mina preciosa, meu império Feliz de quem penetre o teu mistério Liberto-me ficando teu escravo Onde cai minha mão, meu selo gravo Nudez total: todo prazer provém do corpo (Como a alma sem corpo) sem vestes Como encadernação vistosa Feita para iletrados, a mulher se enfeita Mas ela é um livro místico e somente A alguns a que tal graça se consente É dado lê-la
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