SILVIO OSIAS
50 anos depois, os Beatles disco a disco (13): Abbey Road
Publicado em 11/04/2020 às 16:39 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:37
Nesta sexta-feira (10 de abril), fez 50 anos do fim dos Beatles.
Em tempo de isolamento domiciliar, estou reouvindo disco a disco e faço algumas observações.
ABBEY ROAD, 1969
Uma faixa muito lembrada: Something.
Uma faixa pouco lembrada: Sun King.
Lançado em setembro de 1969.
É o último disco gravado pelos Beatles, mas o penúltimo a ser lançado.
A capa, tão simples, se tornaria um ícone pop.
Antes do LP nas lojas, Here Comes the Sun chegou pelas ondas do rádio. George Harrison.
Depois, Something. Outra vez, George.
Clássicos instantâneos.
Something, uma das mais belas canções dos Beatles, escrita sob a inspiração de Ray Charles.
Come Together traz o rocker visceral que há em John Lennon.
O mesmo John que, na outra ponta, e com a ajuda de Yoko, brinda o ouvinte com a imensa beleza de Because.
Parece música clássica. Sim. Tem acordes invertidos da Sonata ao Luar, de Beethoven.
Oh! Darling é um legítimo Paul McCartney, grande baladeiro, numa performance vocal sem igual.
O lado A tem faixas soltas.
Seis. Duas de Lennon. Duas de McCartney. Uma de Harrison. Uma de Ringo. Dizem que foi concebido por John.
O lado B tem um monte de faixas. Algumas bem curtas. Um medley interminável. Ou - se quisermos - mais de um. Foi ideia de Paul.
McCartney, o melhor melodista do grupo, está completo em You Never Give Me Your Money.
Mais ainda: em Golden Slumbers, uma das mais belas entre todas as canções dos Beatles.
Tão breve e tão devastadora.
No final do disco, há o solo de Ringo e as guitarras de John, Paul e George, todas solando. Até hoje, é como Paul fecha seus shows.
E há o epitáfio:
No fim, o amor que você recebe é igual ao amor que você dá.
Abbey Road é um dos discos mais amados do mundo.
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