SILVIO OSIAS
Sérgio Mendes faz 80 anos. Músico conquistou EUA com versão ultracomercial da bossa
Publicado em 11/02/2021 às 10:25 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:53
Sérgio Mendes faz 80 anos nesta quinta-feira (11).
Nascido em Niterói, pianista, compositor, arranjador, ele só tinha 21 anos, em 1962, quando participou do histórico concerto de bossa nova na Carnegie Hall, em Nova York.
Em 1963, com o Sexteto Bossa Rio, gravou um disco antológico: Você ainda não ouviu nada!, com arranjos de Antônio Carlos Jobim, Moacir Santos e seus.
Foi o som que levou logo depois para os Estados Unidos, de onde nunca mais voltou.
É o que temos em The Swinger From Rio, álbum produzido já com a colaboração de músicos americanos e a presença de Tom Jobim.
Ele, no entanto, perseguia uma outra coisa, logo encontrada: uma versão diluída e ultracomercial da bossa nova chamada Sergio Mendes & Brasil 66.
O álbum gravado em 1966 tanto abrasileirava os Beatles de Day Tripper quanto apresentava uma versão algo americanizada da brasileiríssima Mas que Nada, de Jorge Ben.
A fórmula foi um sucesso absoluto.
Mendes, um pianista de jazz, se transformou rapidamente num astro pop.
Mas foi muito criticado por quem achava que ele vulgarizara a música brasileira para consumo fácil pelo público americano.
O tempo passou, e, se o ouvinte não for pequeno, será fácil constatar o quanto são deliciosas aquelas gravações do Brasil 66.
Sérgio Mendes teve altos e baixos em sua carreira, mas é preciso muito talento para assegurar uma tão longa permanência no mercado de música popular dos Estados Unidos.
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