Nem lulista, nem petista, mas...

Sou um liberal democrata de centro esquerda.

Nem sei ao certo se essa classificação faz sentido, mas foi Walter Galvão que assim me definiu numa conversa um pouco anterior à pandemia.

Não sou, portanto, comunista, como andaram dizendo alguns leitores de ultradireita.

Não sou, nem ao menos, lulista nem petista, embora tenha votado algumas vezes em candidatos do PT. Lula, um deles.

Não acredito na hipótese de golpe militar, mas num grande imbróglio se o presidente Jair Bolsonaro disputar e perder as eleições de 2022.

Terceira via.

Lembro dessa expressão tal como era usada em meados dos anos 1980, quando dois impérios comandavam o mundo: os Estados Unidos e a União Soviética. Era um negócio que tentaria juntar as conquistas positivas dos dois lados.

Hoje, para nós, é uma outra coisa. Uma candidatura que junte gente de espectros diversos, na centro direita, para que a disputa não seja polarizada entre Lula e Bolsonaro.

Há a ideia. Legítima.

Há os nomes. Legítimos.

Mas não há O NOME.

Não sou lulista nem petista e lamento que, em 20 anos, o Brasil não tenha formado grandes lideranças políticas.

Lula governou bem por oito anos, e as elites não têm do que se queixar do governo dele.

Houve conquistas sociais importantes, mas não me consta que as elites tenham sido punidas pelos governos petistas.

Nessa sequência de obviedades e didatismos desse post, encerro dizendo que o essencial hoje é tirar do poder o presidente Jair Bolsonaro - um incapaz eleito por 58 milhões de brasileiros.

Melhor que não fosse com Lula. Mas, no momento, não enxergo outro nome.