POLÍTICA
Ricardo denuncia grampo e diz que é vítima de "espionagem política"
Prefeito fala de visita que fez a Ronaldo Cunha Lima e diz que foi discutir emendas para João Pessoa. Ele denuncia que foi seguido e que telefone foi grampeado.
Publicado em 29/06/2009 às 13:56
Phelipe Caldas
O prefeito pessoense Ricardo Coutinho (PSB) soltou o verbo na tarde desta segunda-feira (29), em entrevista à Rede Paraíba Sat, e disse que está sendo vítima de “espionagem política”, numa ação arquitetada que incluiria telefones grampeados e pessoas com câmeras de vídeo o seguindo para onde quer que ele fosse. Diante da crise instalada, ele deixou um recado aos seus atuais aliados: “Não aceito nenhum tipo de patrulhamento ideológico”.
As declarações de Ricardo Coutinho são uma resposta ao vídeo que teria vazado para a internet em que, na última sexta-feira (26), ele aparece saindo do prédio em que mora o ex-governador Ronaldo Cunha Lima (PSDB). A reação de Ricardo foi dura. “Muitas vezes a nossa política é infantil e despreparada”, lamentou.
Ricardo Coutinho explicou que ligou para o ex-governador com o objetivo de conversar com ele sobre as emendas da bancada paraibana no Congresso Nacional para a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que há dois anos não apresentava nenhum requerimento que beneficiasse João Pessoa.
“Anualmente era uma emenda para João Pessoa, uma para Campina Grande e uma terceira para o interior. Mas há dois anos eles tiraram as emendas de João Pessoa, e eu queria conversar com Ronaldo porque ele tem influência em dois dos três senadores paraibanos. Não queria recuperar nada para mim, mas queria recuperar a emenda para toda a cidade de João Pessoa”, explicou.
O prefeito pessoense disse ainda que queria que o ex-governador fosse na Prefeitura, mas que foi na casa de Ronaldo porque sabia da pouca mobilidade dele. E lembrou que foi lá ao meio-dia, sem portanto ter nenhuma pretensão de se esconder. “Cheguei lá, cumprimentei alguns populares, subi no apartamento do ex-governador, conversei com ele e depois fui embora. Dentro do respeito institucional e sem me interessar se as pessoas que podem ajudar João Pessoa são do meu partido ou de outro”, destacou. “Eu não represento um partido, represento uma população”, completou.
Por fim, ele questionou a velocidade de quem fez as imagens da sua visita a Ronaldo. “Eu telefono para uma pessoa e meia hora depois vou na casa dela, e já me deparo com um carro me seguindo e fazendo imagens minhas. Quero saber de onde vieram estas imagens e quem grampeou meu telefone. É preciso saber disto, porque grampo é ilegal”, concluiu.
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