COTIDIANO
Aprovados reivindicam nomeação da Prefeitura de João Pessoa
Publicado em 17/06/2014 às 12:30
Os candidatos aprovados no último concurso público realizado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), que ofereceu 1.300 vagas na Educação, estão reivindicando a substituição imediata dos prestadores de serviço por efetivos. "O Secretário de Educação afirmou que assim que o prefeito homologasse o concurso, chamaria todos de 'uma lapada só'. Depois, mudou o discurso", afirma o aprovado para o cargo de Professor de Educação Física, Lauro Xavier Neto. Os candidatos serão recebidos no próximo dia 26 de junho, às 9h, na sede da Promotoria da Educação. Serão notificados para a audiência, também, o secretário de educação e o procurador geral do município.
De acordo com os concursados, hoje, os contratos temporários tomam os seus lugares, o que implica em uma queda de qualidade nas salas de aula. O secretário de Educação e Cultura da PMJP, porém, Luiz de Sousa Júnior, reitera a intenção de nomear os aprovados e afirma que a convocação dos candidatos será feita em breve, tão logo seja finalizado um estudo pedagógico sobre os impactos que a convocação dos 1.300 aprovados irá trazer às escolas.
Aprovado para o cargo de professor de educação física, Lauro Xavier Neto, um dos líderes da mobilização, aposta na nomeação dos concursados para que haja, inclusive, uma melhoria na qualidade do ensino das escolas municipais. "A carreira do magistério é um dos pontos fundamentais para uma política de educação de qualidade e a Prefeitura de João Pessoa (PB) vem atuando na contramão da história ao manter tantos contratados em detrimento aos aprovados no concurso, muitos deles com mestrado e doutorado. Além de estar mais preparado, o concursado se envolve de forma mais duradoura a realidade da escola e da comunidade. Não entendo como os gestores não querem mudar essa situação”, frisou.
De acordo com o Secretário de Educação e Cultura do município, Luiz de Sousa Júnior, os concursados serão convocados em breve. Não há ainda, no entanto, uma data certa para que seja feita a nomeação. "Nós estamos fazendo dois estudos: primeiro, precisamos ver o impacto do ponto de vista pedagógico que vai haver com a nomeação desses professores. Porque você mudar um ou dois professores é uma coisa; você mudar mil professores de uma hora para outra, é outra coisa. Precisa ser bem estudado. Estamos fazendo uma análise para que não haja uma quebra pedagógica. Fora isso, estamos analisando outro aspecto, referente à lotação desse pessoal", explicou o secretário.
"Nós estamos dentro do prazo legal para convocá-los e quero reiterar que há a intenção de fazermos isso o mais rápido possível. Se não, não teríamos sequer feito o concurso", complementa. Já em relação a uma das denúncias feita pelos concursados e usada como argumento, de que a folha teria aumentado de março para abril o que significaria um aumento no número de prestadores, o secretário afirma que "de março para abril o concurso não tinha sequer sido homologado, o que não justifica o argumento. Nós temos a intenção de nomear os concursados, mas isso será feito de acordo com a avaliação pedagógica da rede".
O concurso, organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), teve seu resultado divulgado em definitivo no último dia 31 de março. A homologação do certame ocorreu no dia 9 de maio. As provas do concurso foram realizadas em 12 de janeiro e contou com a participação de 48.396 candidatos, que concorriam as 1,3 mil vagas para os cargos de professor da Educação Básica I, Básica II, Técnico em Educação e Agente Educacional.
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