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VIDA URBANA

Pedofilia corresponde a 63% das denúncias de crimes na internet

Cerca de 350 denúncias contra páginas da web são realizadas por dia no Brasil no endereço eletrônico da organização não-governamental SaferNet.

Publicado em 16/09/2009 às 9:49

Luzia Santos
Do Jornal da Paraíba


Pais e educadores devem ficar alertas sobre os conteúdos que crianças e adolescentes estão disponibilizando e acessando na rede mundial de computadores. Cerca de 350 denúncias contra páginas da web são realizadas por dia no Brasil no endereço eletrônico da organização não-governamental SaferNet. Do total de denúncias, 63% dizem respeito a conteúdo referente à pedofilia infantil. O alerta foi feito pelo presidente da SaferNet Brasil, Thiago Tavares Nunes, durante assinatura do Termo de Cooperação Técnico-Científica para combater e prevenir a pornografia infantil e crimes de ódio como racismo, neonazismo e xenofobia.

Para garantir a segurança de usuários na rede mundial de computadores e combater os crimes cibernéticos, o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público da Paraíba (MPPB), além do Instituto Federal de Educação, as secretarias de Educação do Estado e do município de João Pessoa e o Sindicato das Escolas Particulares da Paraíba assinaram, na manhã de ontem, um termo de cooperação técnica, científica e operacional com a SaferNet Brasil. A assinatura do termo foi realizada no auditório da Estação Ciência, Cultura e Artes Cabo Branco, em João Pessoa, e contou com a presença de várias autoridades, pais e educadores.

O termo de cooperação garante o acesso ao banco de dados da SaferNet sobre denúncias de crimes e violações na internet referentes à pornografia, crimes de ódio e racismo. “A partir de agora, o MPF e MPPB passam a integrar a central de denúncias da SaferNet. A central opera desde 2006 e já conta com a participação da Polícia Federal e do MPF de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás. O Ministério Público da Paraíba é o primeiro da região Nordeste a integrar a central de denúncias”, salientou Thiago Tavares.

Segundo o procurador federal Rodolfo Alves Silva, a parceria vai permitir o desenvolvimento de programas de prevenção, conscientização e educação de usuários sobre a utilização segura da internet. Para o procurador-geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, a iniciativa pioneira da Paraíba é de grande importância, tendo em vista a necessidade de se implementar um rigoroso combate aos crimes praticados por meio da internet. E a parceria com essas instituições fortalece, cada vez mais o Ministério Público, para esse tipo de investigação. “O ambiente da internet é muito aberto e livre e limitações são importantes”, salientou.

O diretor de Prevenção da SaferNet, Rodrigo Nejm, destacou que uma pesquisa on-line sobre hábitos de segurança na internet, realizada com pais, educadores e estudantes paraibanos revelaram hábitos de risco no uso da internet. A investigação que começou este mês e será concluída no próximo dia 30 já revelou dados preocupantes. Dos 180 alunos que já responderam ao questionário, 45% informaram que têm mais de dez amigos que conheceram na internet.

Deste total, 17% já foram conhecer o amigo virtual e outros 53% disseram conhecer alguém que foi ao encontro do amigo virtual. Outro dado preocupante é que 17% dos estudantes informaram que já publicaram fotos íntimas na net e 49% disseram que não conhecem nenhuma medida de prevenção de crimes e cibernéticos. “O desconhecimento de métodos de prevenção revelam a vulnerabilidade de usuários”, explicou Nejm.

Diante das ameaças dos crimes cibernéticos, o “pai da internet” no Brasil, o diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), Demi Getschko, ressaltou que o usuário deve se precaver.

“A internet tem uma característica muito especial, ao contrário do mundo do real onde existem áreas da cidade que são seguras e áreas que não são seguras, na internet, não há conceito fixo de segurança, as áreas seguras e inseguras estão a clique da sua navegação. Rapidamente, o usuário pode sair de uma área com informações de qualidade e úteis para uma em que o sujeito vai tentar ludibriar você ou roubar seus dados”, esclareceu.

Para Demi Getschko, os crimes cibernéticos são um reflexo do mundo real se espelhando na rede. O especialista ressaltou que o fundamental para o usuário é saber que isso acontece e, portanto, deve tomar providências para evitar ser mais uma vítima. “Na rede os perigos existem”, ressaltou.

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Jornal da Paraíba

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