CULTURA
Carlos Siqueira: o jornalista que há 28 anos traz informação aos campinenses
Conheça um pouco mais da trajetória do profissional que se divide entre a TV Paraíba, em Campina Grande, e a família.
Publicado em 14/02/2016 às 10:00
Rua 15 de Novembro, bairro da Palmeira, Campina Grande. É nesse endereço que o jornalista Carlos Siqueira passa a maior parte do dia. Não se trata da residência dele, e sim da sede da TV Paraíba, onde trabalha há 28 anos.
“Considero minha casa fora de casa”, brinca. Âncora do JPB 2ª Edição e chefe de redação da emissora, o comunicador tem escrito, ao longo de todo esse tempo, uma história inspiradora, marcada por competência, espírito de liderança e credibilidade. Não por acaso, tornou-se referência no telejornalismo paraibano.
O destaque que ganhou é resultado de muita dedicação diária, uma jornada que começa por volta das 8h30, quando se dirige à TV. Chegando lá, tem início uma maratona para elaborar e produzir todos os programas locais da emissora, inclusive o apresentado por ele.
“Dou uma pausa para almoçar e, quando retorno, o foco é o JPB 2ª Edição. Acompanho a finalização dos VTs, planejamos os flashes ao vivo e gravamos as três chamadas anunciando o jornal. Tudo o que respirei dos fatos no Estado durante o dia, tento levar para quem nos assiste”, explica. Quando ele sai do ar, ainda dá as primeiras orientações para o Bom Dia Paraíba da manhã seguinte.
Essa rotina, especificamente, vem se repetindo desde que Siqueira assumiu a editoria de redação da emissora, há dez anos. No entanto, a relação dele com os telespectadores da TV Paraíba vem de muitos antes. Para entendê-la, é preciso resgatar um capítulo especial da adolescência do apresentador.
Curioso e cheio de disposição, aos 15 anos começou a cobrir eventos esportivos para uma rádio campinense. Na verdade, não era qualquer rádio: era uma dirigida pelo próprio pai. Mesmo com os laços familiares tão estreitos, conseguir uma vaga por lá não foi tão fácil. “Ficava no pé, pedindo uma oportunidade, pois sempre amei futebol e queria estar envolvido com aquilo. Mas ouvia que não era hora, que eu precisava focar nos estudos”, lembrou.
De tanto insistir, ele ganhou uma chance. A estreia aconteceu em 1984, durante transmissão de um jogo do Treze contra o Campinense. Seguro, com microfone em mãos, o novato entrevistou os jogadores no gramado. E não fugiu mais daquilo. Quando chegou aos 18 anos, passou no vestibular para Comunicação Social, pois queria se firmar na profissão. Acompanhando o crescimento dele no radiojornalismo, a equipe da TV Paraíba o convidou para ser repórter do Globo Esporte. E assim, em 1988, teve início a história de Siqueira na emissora.
Pouco tempo depois, foi convocado para também fazer reportagens para outras editorias. “Era tudo muito diferente. Estava focado na área esportiva e, de repente, entrei num universo bem mais amplo”. E nessa jornada dupla, passaram-se cinco anos.
Até que, no fim da década de 90, ele se tornou o primeiro apresentador do JPB 1ª Edição em Campina Grande. “O peso da responsabilidade era bem maior, pois tínhamos que mostrar a cidade para todo o Estado. Precisávamos fazer algo mais aprofundado e, com isso, houve um importante progresso no nosso telejornalismo”, contou.
Muitos paraibanos acompanham de perto sua trajetória. A empatia do público com o jornalista é tanta que o assédio pelas ruas de Campina Grande é constante. “Esse carinho das pessoas renova minha energia todos os dias. O retorno que recebo delas me faz querer ir sempre além”, disse.
Quando não está na TV, ele não desgruda da esposa Socorro nem dos filhos Carlos Júnior e Karla Beatriz. “Sempre deixei claro que preciso me dedicar ao trabalho. Mas estamos juntos sempre, seja durante as refeições no dia a dia e principalmente no fim de semana. Eles são minha prioridade”. Ainda no tempo livre, o jornalista reserva espaço para curtir sua outra grande paixão: o futebol. “Sou louco por esporte e adoro ir ao estádio acompanhar as partidas dos nossos times”.
Passados tantos anos, ele destaca que sente muito orgulho de toda a caminhada que fez até aqui. “Quando olho pra trás, vejo que a missão está sendo cumprida da forma que sempre sonhei, tendo liberdade para fazer o bom jornalismo”. Siqueira também garante que o entusiasmo com a profissão não diminui. Pelo contrário, só aumenta. “Muita gente pergunta como aguento fazer a mesma coisa por todo esse tempo. Minha resposta é direta: eu amo o que faço. E isso resume tudo”.
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