Gervásio Maia se reúne com Lula e posiciona o PSB da Paraíba na frente anti-bolsonarista

A posição do PSB pode não ser muito clara na composição eleitoral estadual para 2022, mas no processo nacional a tendência clara é de apoio a Lula para presidente. O aceno público foi dado nesta segunda-feira (20) quando o presidente estadual do partido, o deputado Gervásio Maia (PSB), esteve reunido com o ex-presidente Lula e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, em São Paulo.

O encontro de Gervásio com Lula ocorre no mesmo dia em que uma ala 'ricadista' divulgou carta anunciando desfiliação do PSB por considerá-lo patrimonialista e autoritário. E logo depois do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, oferecer ao governador João Azevêdo (Cidadania) uma ficha para nova filiação aos quadros da legenda.

Não custa lembrar: João deixou o PSB após rompimento com ex-governador Ricardo Coutinho, logo após a sua eleição e migrou para o PPS, hoje Cidadania. Já Ricardo, agora está de malas prontas para voltar ao PT, seguido por várias lideranças.

Anti-bolsonaro

Independentemente desse processo de esfacelamento do PSB e da debandada de socialistas para o PT, Gervásio tem uma preocupação compartilhada com Lula e Gleise: criar uma frente de esquerda anti-bolsonarista para vencer o projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O nome de Lula tem despontado como o mais viável nesse processo e se fortalece com apoios de lideranças importantes na Paraíba como o governador João Azevêdo, em nome do Cidadania, e do senador Veneziano, na qualidade de presidente estadual do MDB.

Além de presidente do PSB, Gervásio é vice-líder da oposição na Câmara e tem dedicado seu mandato como ferrenho crítico do governo federal.

Lula

No encontro de ontem, classificado por Gervásio como "extremamente agradável e produtiva", ele destacou para Lula a importância da construção de um programa amplo, "que fale com o país inteiro, que pactue a nação contra a barbárie bolsonarista".

Para Gervásio Maia, "só Lula tem a capacidade de reconstruir o Brasil despedaçado (pior inflação dos últimos 20 anos, volta da fome, precarização do trabalho, desemprego, quase 600 mil mortes por Covid). A atual conjuntura do país é gravíssima! Precisamos de um líder que olhe para o futuro mais do que para o passado e Lula, no nosso ponto de vista, é o único que reúne condições para isso", ressaltou.