ECONOMIA
Geração de empregos cai 36% na Paraíba
Saldo de emprego formal foi de 3,8 mil postos em setembro, mas houve queda em relação ao mesmo período de 2010.
Publicado em 19/10/2011 às 7:10
O saldo de emprego formal na Paraíba em setembro foi de 3,833 mil postos (13,2 mil contratações contra 9,3 mil desligamentos), o que representa alta de 1,13% sobre o estoque, mas na comparação sobre os empregos gerados em setembro de 2010 houve queda de 36,34% (6.021 mil) .
O resultado positivo em relação a agosto foi impulsionado pela agricultura, que teve alta na geração de 1.062 novos postos de empregos (7,84%), seguido pelo setor de serviços (914) e da indústria de transformação (835). Os setores da construção civil (494) e comércio (490) completaram a lista dos setores com números positivos. Todos os demais setores registraram também saldo positivo. Apenas a administração pública teve variação nula.
Entre os municípios, João Pessoa (892) e Campina Grande (674) lideraram os empregos em setembro.
No acumulado de janeiro a setembro, o saldo de empregos chegou a 15,513 mil, alta de 4,69% em relação ao mesmo período do ano passado.
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Paraíba (Fetag-PB), Liberalino Ferreira, disse que o aumento nos empregos na agropecuária é comum nesta época do ano devido à colheita da cana-de-açúcar. “Além disso, a fruticultura também emprega nesta época do ano, mas o maior número de contratações é no setor sucroalcooleiro”, explica o presidente.
Liberalino revela que o fato de que das nove usinas da Paraíba, seis já promovem contratos efetivos com os cortadores, o que traz uma série de benefícios para os trabalhadores. Entretanto, ele alerta para a queda de empregos no setor com a mecanização. “Esses números cairão cada vez mais, temos de ficar atentos com isso”, explica.Hoje, cerca de 35 mil pessoas trabalham no corte de cana-de-açúcar na Paraíba.
Para o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool do Estado (Sindialcool), Edmundo Barbosa, o número de contratações aumenta nesta época do ano, quando acontece o pico da safra. “Ainda assim, as estimativas dizem que no Brasil, para atingir a meta de 600 milhões de toneladas de cana prensada em 10 anos, o dobro da produção atual, precisaríamos de mais 367 mil trabalhadores, o que é improvável de acontecer”, diz Edmundo.
Ele acrescenta que, apesar do aumento da qualificação, há falta de mão de obra, e a mecanização da colheita é a única saída para o aumento da produção.
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