CONVERSA POLÍTICA
Moro inicia viagens de pré-campanha com agenda na Paraíba, nesta quinta
Ex-juiz vai cumprir agenda em João Pessoa e Campina Grande, acompanhado do deputado Julian Lemos (PSL).
Publicado em 05/01/2022 às 11:14 | Atualizado em 05/01/2022 às 13:16
Pré-candidato à presidência pelo Podemos, o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro desembarca na Paraíba nesta quinta-feira (06). Ele chega ao meio dia no Aeroporto Castro Pinto e cumpre agenda em João Pessoa e Campina Grande até o sábado (8), segundo o deputado federal Julian Lemos (PSL), que está organizando a agenda do presidenciável.
Segundo Julian Lemos, a agenda de Moro estará "bem apertada". Ao desembarcar na capital ele vai conceder entrevistas a veículo de comunicação já pré-agendados. Em seguida, Moro se desloca para Campina Grande, onde participará de jantar com empresários da região.
Na sexta-feira (7), o pré-candidato à presidência da República volta a cumprir agenda em João Pessoa. Os compromissos ainda não foram divulgados, mas um dos eventos confirmados é a participação da festa de aniversário de Julian Lemos.
Na redes sociais, Sérgio Moro já deu o tom do discurso que deve adotar no 'start' da campanha, que será iniciada pela Paraíba. Disse que pretende ser a solução contra a polarização entre "pelegos e milicanos", remetendo aos dois principais oponentes que terá na disputa à presidência: Lula e Bolsonaro, respectivamente.
"Depois das festas de fim de ano, começo hoje a rodar o Brasil. Nesta semana, estarei na Paraíba. Conto com vocês nessa jornada que está só começando. Temos um país para salvar de uma triste polarização entre pelegos e milicanos. Vamos construir a nação moderna e inclusiva que queremos", postou Moro em sua conta pessoal no Instagram.
Julian
Nesse início de caminhada, Moro conta com a figura de Julian Lemos, que está disposto a pretende fazer com Moro o mesmo movimento político que promoveu com Jair Bolsonaro ao popularizá-lo no Nordeste. Os dois, inclusive, têm em comum o fato de terem rompido politicamente com o atual presidente.
O paraibano foi um dos principais aliados de Bolsonaro em 2018, quando coordenou a campanha do presidente eleito no Nordeste. Os dois, porém, romperam no final de 2019. O rompimento se deu na esteira da briga de Bolsonaro com a direção do PSL, partido pelo qual o presidente se elegeu em 2018. Na briga, Lemos ficou ao lado da cúpula partidária.
Moro, que também foi aliado do presidente, chegou a ser ministro do governo Bolsonaro, rompeu com ele em abril de 2020. Sérgio Moro pediu demissão do ministério da Justiça e Segurança Pública por não concordar com uma troca no comando da Polícia Federal (PF) – a saída de Maurício Valeixo, substituído por Alexandre Ramagem. Na época, o presidente afirmou que Moro ficou contrariado por não conseguir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
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