CONVERSA POLÍTICA
Em nota, Sociedade Paraibana de Pediatria incentiva vacinação de crianças contra Covid-19
De acordo com a SPP a criança, de 5 a 11 anos, vacinada contribui com a proteção indireta para seus familiares e conviventes pertencentes a grupos de risco e pode voltar à vida social com menos riscos.
Publicado em 10/01/2022 às 10:33 | Atualizado em 10/01/2022 às 10:51
A Sociedade Paraibana de Pediatria (SPP) emitiu nota, na manhã desta segunda-feira (10), recomendando e incentivando os pais levarem os filhos, que têm entre 5 e 11 anos, para serem vacinados contra a Covid-19, quando a vacinação for iniciada.
A orientação é alinhada, segundo o documento, com as principais sociedades científicas e órgãos sanitários regulatórios do mundo. "Atualmente já temos 30 países vacinando as crianças de 5 a 11 anos", registra a nota.
A SPP destaca que no início da pandemia o risco para as crianças era muito menor, mas com avanço da doença, aparecimento de novas variantes e cepas, elas ficaram mais vulneráveis e também precisam de proteção. A nota registra que a vacinação e fundamental para o retorno pleno das atividades sociais, entre elas, as aulas presenciais.
"Já perdemos em nosso país em torno de 2.600 vidas abaixo de 19 anos pela Covid-19, somando os óbitos todas as doenças imunopreveníveis nesse mesmo período, não chega a esse quantitativo causada pela Covid-19. Temos também uma taxa de mortalidade e letalidade nas crianças hospitalizadas de 5 a 10 vezes mais alta em relação aos países desenvolvidos", registra Socorro Martins, presidente da SPP, na nota.
De acordo com a Sociedade Paraibana de Pediatria, a criança vacinada contribui com a proteção indireta para seus
familiares e conviventes pertencentes a grupos de risco, que mesmo sendo vacinados, possam ter perdido sua proteção imunológica ao longo do tempo.
Vacinando nossas crianças estaremos diminuindo a transmissão comunitária do vírus, colaborando com o alcance das altas coberturas vacinais e contribuindo com o controle efetivo da pandemia", diz SPP.
A SPP destacou que os critérios para introdução de uma vacina num programa público não se resumem ao número de mortes relacionadas à doença contra a qual se deseja uma intervenção. Vacina-se, de acordo com os médicos pediatras, para prevenir sofrimento, hospitalizações, sequelas, uso de antibióticos, visitas aos serviços de saúde, ocupação de leitos em UTI, entre outros.
Atualmente já temos justificativas éticas, epidemiológicas, sanitárias e de saúde pública para vacinação da nossa população pediátrica com segurança", concluiu.
Nota do Ministério da Saúde
A SPP lembrou na nota que, após audiência pública sobre a vacinação das crianças 5-11 anos, realizada no
dia 04 de janeiro, o Ministério da Saúde pública a Nota Técnica incluindo esse grupo pediátrico de forma não obrigatória no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19.
Ordem de prioridades
a) Crianças com 5 a 11 anos com deficiência permanente ou com comorbidades
b) Crianças indígenas e Quilombolas ;
c) Crianças que vivam em lar com pessoas com alto risco para evolução grave de COVID-19;
d) Crianças sem comorbidades, na seguinte ordem sugerida: crianças entre 10 e 11 anos; crianças entre 8 e 9 anos; crianças entre 6 e 7 anos; crianças com 5 anos.
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