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POLÍTICA

Após escândalo dos pastores, Bolsonaro nomeia interino para o Ministério da Educação

Victor Godoy era secretário-executivo da pasta na gestão de Milton Ribeiro.

Publicado em 30/03/2022 às 10:03


                                        
                                            Após escândalo dos pastores, Bolsonaro nomeia interino para o Ministério da Educação
Secretário executivo do ministério da Educação, Victor Godoy, participa do programa A Voz do Brasil. Marcello Casal JrAgência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) nomeou o engenheiro de redes Victor Godoy como ministro interino da Educação. Ele assume após a queda de Milton Ribeiro, que saiu após o escândalo do favorecimento de prefeitos a pedido de pastores no MEC.

Na gestão de Ribeiro, Godoy ocupava o cargo de secretário-executivo da pasta A nomeação do novo ministro foi publicada no Diário Oficial da União de hoje.

Currículo

O currículo de Victor Godoy publicado no site do MEC informa que ele é servidor público da carreira de Auditor Federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU), onde trabalhou desde 2004 até ser convidado ao cargo de secretário-executivo do MEC, em julho de 2020.

Na CGU, Godoy atuou como auditor federal de Finanças e Controle, coordenador-geral; e diretor de Auditoria da Área Social e de Acordos de Leniência.

Inquéritos contra ex-ministro

Na semana passada, a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar o ex-ministro Milton Ribeiro. A medida foi autorizada pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, após a divulgação de um áudio, pelo jornal Folha de S.Paulo, no qual Ribeiro diz favorecer, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, prefeituras de municípios ligados aos dois pastores.

O ex-ministro já era alvo de um outro inquérito da PF, que tem por base suspeitas levantadas pela CGU relativas à irregularidades que estariam ocorrendo em eventos realizados pelo MEC e, também, sobre o oferecimento de vantagem indevida, por parte de terceiros, para a liberação de verbas do mesmo fundo.

A apuração ocorreu entre setembro de 2021 e março de 2022. O órgão, então, concluiu que agentes públicos não estavam envolvidos nas supostas irregularidades e enviou o caso para a PF, que abriu um inquérito criminal.

O caso está também na esfera cível, pela Procuradoria da República no Distrito Federal. É também alvo de uma fiscalização extraordinária que está a cargo do Tribunal de Contas de União (TCU).

Após a divulgação do caso, o então ministro Milton Ribeiro divulgou uma nota à imprensa, na qual disse não haver nenhum tipo de favorecimento na distribuição de verbas da pasta. Segundo ele, a alocação de recursos federais segue a legislação orçamentária.

*Com informações da Agência Brasil 

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Jornal da Paraíba

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