ECONOMIA
Conta de luz deixa de ter cobrança extra a partir deste sábado
A redução estimada pelo governo para o consumidor é de 20%.
Publicado em 16/04/2022 às 10:15
A conta de luz deixará de ter cobrança extra neste sábado (16) com o fim da bandeira tarifária da escassez hídrica. Ela é a mais cara do sistema e resultava em uma taxa extra na conta de energia elétrica de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A medida, que encarecia os custos da energia elétrica, estava em vigor desde setembro de 2021 e foi criada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) na tentativa de cobrir custos adicionais gerados pela falta de chuvas na ocasião, que reduziu o nível dos reservatórios.
A partir de agora, passa a valer a bandeira tarifária verde, que é a mais barata do sistema, e que não terá nenhuma cobrança adicional. Entenda abaixo o que muda no bolso do consumidor.
A redução estimada pelo governo nas contas de luz para o consumidor é de cerca de 20%. Isso será possível porque, com os reservatórios de quatro das cinco regiões do país mais cheios, é possível, ao operador do sistema elétrico nacional, dispensar o uso de termelétricas, que têm custo maior do que o das hidrelétricas. Apenas os reservatórios da Região Sul estão baixos, devido à estiagem que atinge a região.
Já havia uma previsão de que a bandeira de escassez hídrica, patamar mais alto já adotado pelo governo, terminaria no final deste mês. A medida, no entanto, acabou sendo antecipada em cerca de 15 dias.
Tarifa extra
A tarifa extra foi aprovada em meio à crise hidrológica que afetou o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas do país em 2021. As usinas são a principal fonte geradora de energia elétrica no país. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil enfrentou, em 2021, “a pior seca já registrada na história”.
“Para garantir a segurança no fornecimento de energia elétrica, o país utilizou todos os recursos disponíveis e o governo federal teve que tomar medidas excepcionais. Com o esforço dos órgãos do setor, o país conseguiu superar esse desafio, os reservatórios estão muito mais cheios que no ano passado e o risco de falta de energia foi totalmente afastado”, informou, em nota, a pasta.
De acordo com o ministério, o reservatório da usina de Furnas terminou o mês de março acima de 80% de seu volume útil. “Não dispomos de níveis assim desde 2012. Temos uma condição de segurança muito considerável. Na prática, significa que pouca geração termoelétrica será necessária, o que se traduz em uma expectativa de bandeira verde até o final do ano”, disse.
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