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POLÍTICA

Alianças entre partidos divergem das nacionais

'União contraditória' vira estratégia para fortalecer candidaturas ao governo do Estado

Publicado em 27/07/2014 às 10:00 | Atualizado em 07/02/2024 às 11:18

Seis candidatos disputam o governo do Estado. Na disputa por apoios e maior tempo de propaganda partidária vale tudo, inclusive contrariar alianças feitas no âmbito nacional. A mais contraditória é a união do PT e DEM em torno da candidatura à reeleição do governador Ricardo Coutinho. Assim como o PPS, que deixou o aliado nacional PSB para apoiar na Paraíba o PSDB, que tem como candidato ao governo do Estado o senador Cássio Cunha Lima.

Na aliança nacional, o DEM anunciou apoio à candidatura do tucano Aécio Neves à Presidência da República, no entanto, na Paraíba não houve acordo para que o DEM seguisse a candidatura do PSDB, o que causou rachas internos na legenda.

Alguns parlamentares do partido, a exemplo dos deputados estaduais Domiciano Cabral e Assis Quintans, além do vereador da capital Lucas de Brito, defendiam uma aliança com o PSDB.

Porém venceu a corrente liderada pelo presidente do partido, Efraim Morais, resultando na formação de aliança com o PSB, do governador Ricardo Coutinho. Tal aliança causou, inclusive, a desistência do deputado Assis Quintans em disputar a reeleição para se empenhar na campanha eleitoral de Cássio Cunha Lima.

O presidente do DEM na Paraíba, Efraim Morais, explicou que o partido seguiu uma orientação da Executiva Nacional. Segundo ele, apesar de apoiar no campo nacional a candidatura do PSDB, houve uma liberação para que os diretórios formassem suas coligações de acordo com o que fosse melhor para a legenda nos Estados.

O PPS nacional apoia a candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República, no entanto, a decisão foi diferente na Paraíba. Ex-aliado do governador Ricardo Coutinho, o presidente do diretório estadual do PPS, o vice-prefeito de João Pessoa Nonato Bandeira, defendeu que o seu partido se coligasse com o PSDB.

No mês de fevereiro, o diretório nacional do PPS deu aval para que na Paraíba o partido apoiasse a candidatura do PSDB. Na época, Nonato Bandeira mostrou à Nacional a situação do partido e a conjuntura atual no Estado. A decisão de apoiar o PSDB foi referendada pelos filiados no partido, mas não de forma unânime. O grupo liderado pela deputada estadual Gilma Germano defendia uma composição com o governador Ricardo Coutinho.

Já o PT, enfrenta ações de impugnação de candidatura e intervenção da Executiva Nacional do partido por ter abandonado o PMDB, seu aliado nacional, na disputa ao governo do Estado. Na Paraíba, o PT decidiu em convenção apoiar a reeleição do governador Ricardo Coutinho, o que não agradou à cúpula peemedebista no Estado. O PT se recusa a apoiar a candidatura do senador Vital do Rêgo Filho ao governo do Estado e já afirmou que pretende continuar apoiando o PSB, mesmo após decisão judicial.

Na opinião do presidente estadual do PT, Charliton Machado, a aliança com os socialistas no Estado não prejudica a campanha nacional. “Pelo contrário, impulsionou a candidatura da presidente Dilma. Estamos sentindo uma aceitação e adesão muito grande”, avaliou.

Charliton ainda afirmou que a aliança com o PSB ampliou o número de adesões ao nome de Dilma Rousseff. “Estamos unidos com os partidos que estão em torno da candidatura de Dilma, com o PCdoB, alguns secretários de Ricardo (Coutinho) também anunciaram apoio. Nós conseguimos ganhar mais força com essa aliança”, frisou o dirigente estadual.

Mesmo apoiando candidaturas distintas para o governo do Estado, Charliton Machado afirmou que vai se reunir com todos os partidos que declararam apoio à candidatura de Dilma Rousseff, a exemplo do PSB, para traçar um cronograma de atividades no Estado. Na próxima semana, a coordenação da campanha da presidente Dilma na Paraíba planeja a realização de um debate na internet, onde a população vai poder interagir com dirigentes nacionais do PT.

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Jornal da Paraíba

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