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CULTURA

Teatro Mágico aparece mais maduro em novo CD

Vocalista Fernando Anitelli explica ao Jornal da Paraíba as ideias do novo CD, 'A Sociedade do Espetáculo'.

Publicado em 13/10/2011 às 6:30

Chegou a hora da trupe d’O Teatro Mágico ‘se jogar de cima de uma pedra mais alta’. E esse degrau tem nome A Sociedade do Espetáculo (2011), terceiro trabalho do grupo, lançado no mês passado, é fruto da “amadurecência sonora”, como explicou, brincando, o vocalista Fernando Anitelli, que também assina a composição de 15 das (sempre) 19 canções do CD, seis delas sozinho.

Mas a brincadeira de Anitelli tem muito de verdadeiro. Lançado em 2003, o primeiro CD, Entrada para Raros, era mais lúdico e veio acompanhado da grande explosão da banda que acaba de ser descoberta pelo grande público. Para Fernando, o álbum seguinte, Segundo Ato (2008) foi mais político. Este novo show mistura um pouco dessas duas tendências. É um trabalho com mais pesquisa e melhor qualidade técnica nos arranjos, a musicalidade mais madura, além de novos integrantes, novos aparelhos aéreos para o circo, segundo o líder da trupe.

Mas essas são estreias conceituais. Uma novidade no produto, que vai para o mercado com apoio da lei de incentivo à cultura, é um DVD com os bastidores da produção do material. É lá, por exemplo, que é revelado ao fãs parte dos vários parceiros convidados para este disco, como a de Daniel Santiago, produtor musical, parceiro mais próximo de Fernando nas composições. Ele também faz violão, guitarras, vocal, efeitos e kalimba em várias faixas. Outros destaques são as presenças de Leoni em ‘Nas margens de mim’; Nô stopa na ‘Folia no quarto’; Jeff Coffin, com saxofone em ‘Transição’; Gabriel Grossi na instrumental ‘Até quando...’ e Alessandro Kramer, acordeonista, em três canções.

Para a banda, tantas parcerias, além do patrocínio de algumas empresas privadas, não mudam o caráter independente do trabalho, apenas mostra que essa onda está mais forte. “Nossas músicas continuam disponíveis para download gratuito no nosso site (www.oteatromagico.mus.br). Na estrada a gente aprendeu que não é por ser independente que você tem que ser indie. O pessoal relaciona muito isso à banda de garagem”, diz Anitelli ao JORNAL DA PARAÍBA.

Tendências percebidas, por exemplo, nos versos de ‘Esse mundo não vale o mundo’, que em tom de crítica social diz “ser indiferente ao ser diferente é sem senso, agoniza um povo estatisticamente, seu tempo”. E na pegada mais romântica de ‘Você me bagunça’, com “essa moça ousa é musa e abusa de todo meu sim”.

A Sociedade do Espetáculo tem inspiração no livro homônimo do filósofo francês Guy Debord, mas o vocalista e compositor alerta que isso não é uma tentativa de tradução do livro. A inspiração ajuda a “dizer que somos parte de uma sociedade, em que é tudo rápido, sem elos, mas também que nós somos o time que fazemos esse motor acontecer, e temos que abrir olhos para tudo isso”, explica Anitelli. Os assuntos do OTM estão mais amplos, mas com uma assinatura musical e letras que lembram o nosso ‘teatro mágico mais velho’, como na semelhança entre os arranjos da nova ‘Quermesse’ e da famosa ‘Pratododia’.

As brincadeiras com a sonoridade e a percursividade das palavras continuam. Quem era fã da história da menina que ‘aproveita os carinhos do mundo/ ana e o mar, mar e ana’, vai se sentir à vontade com ‘amanhecerá, de novo em nós, amanhã, será?’. “Em geral, busco ler algumas referências sobre o que estou tentando falar e vou registrando, riffs, batidas, gravo no celular, na cabeça”, explica Anitelli sobre seu processo de criação.

A má notícia é que na agenda ainda não há previsão de show de lançamento aqui na Paraíba. A boa é que “a nossa relação com o público paraibano é muito gostosa e eu quero que a gente volte logo a essa terra”, conclui Anitelli.

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Jornal da Paraíba

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