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POLÍTICA

Sem definição em CG

Universidades de Campina Grande discutem como implantar o sistema de cotas raciais em seus processos de seleção.

Publicado em 28/04/2012 às 6:30

Apesar da aprovação do Superior Tribunal Federal (STF) que confirmou a constitucionalidade do sistema de cotas para negros e pardos nas universidades, na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), as instituições ainda não sabem se irão mudar seu sistema de distribuição de vagas.

Como a primeira instituição utiliza a distribuição de suas vagas em caráter social, e não por cor, e a segunda adota o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), essa discussão ainda deverá ser feita para que uma decisão seja tomada.

A reitora da UEPB, Marlene Alves, explicou que a entidade utiliza há seis anos o sistema de cotas para alunos egressos da rede pública de ensino, e que essa distribuição tem atendido aos anseios do programa que tem contribuído para uma disputa mais igualitária entre os candidatos.

“Eu sou a favor das cotas para negros, mas respeitamos a decisão do Conselho Universitário que apontou para a cota social. Isso é uma questão histórica, o negro teve menos acesso à educação no Brasil. Essa não é a solução, porque queremos igualdade, mas precisa-se de um ciclo para que essa igualdade seja alcançada”, explicou Marlene.

Já o reitor da UFCG, Thompson Mariz, acrescentou que irá levar até a Câmara Superior de Ensino da universidade para que possa ser iniciada uma discussão para que após isso seja decidido se o sistema de distribuição de vagas do vestibular irá mudar, ou não.

“Acredito que até o mês de junho a Câmara Superior de Ensino chegará a uma decisão sobre essa questão. Como nós adotamos o Enem como método de avaliação, eu digo com segurança que os negros e pardos já ocupam mais da metade das vagas recomendadas”, disse. (Givaldo Cavalcanti)

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Jornal da Paraíba

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