POLÍTICA
Base de Cartaxo barra quebra de sigilo e CPI para investigar obras da Lagoa
Operação Iererês foi o principal assunto debatido entre os vereadores de João Pessoa.
Publicado em 06/06/2017 às 13:38
A bancada de oposição ao prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, apresentou três requerimentos nesta terça-feira (6) dirigidos ao Ministério Público Federal, Polícia Federal e à Justiça Federal, solicitando a quebra de sigilo da Operação Irerês, deflagrada na última sexta-feira (2) para apurar possíveis irregularidades nas obras do Novo Parque da Lagoa. A estratégia é se municiar de informações para um possível debate na Comissão Parlamentar de Inquérito que os oposicionistas tentam emplacar na Casa.
Apesar de a Operação Irerês ter sido o principal assunto debatido em plenário nesta manhã, os requerimentos foram derrubados pela base de sustentação do prefeito, que tem a maioria na Casa. O líder da base oposicionista, Bruno Farias (PPS), lamentou a postura dos vereadores aliados de Cartaxo, acusando os 16 que votaram contra de pecarem pela falta de transparência.
Com a ausência do líder da base governista, Helton Rene (PcdoB), sobrou para o vereador Milanez Neto, cotado para assumir o posto, ensair uma defesa. “A Casa legislativa é uma Casa política e eu não desejo em nenhum momento fazer política com um negócio desses. Eu não posso inverter o papel e trazer para cá uma investigação que esta sendo feita por órgãos tão competentes. Não vou fazer da Câmara palanque eleitoral para quem quer que seja”, disse.
CPI da Lagoa
Pela tangente, a oposição também tenta novamente instalar a CPI da Lagoa, mas tem esbarrado em um problema númerico. Isso porque, na atual legislatura, a base oposicionista conta com apenas oito parlamentares e para aprovar o requerimento para instalação são necessários ao menos nove assinaturas.
A expectativa de Bruno Farias é conseguir convencer um dos três parlamentares que votaram favoráveis a abertura da CPI da Lagoa no passado, hoje na base aliada de Cartaxo, para que mantenham a mesma opinião.
Dentre Chico do Sindicato (Avante), João dos Santos(PR) e Lucas de Brito (PSL), o líder oposicionista acredita que o último esteja mais certo. “Lucas, no início do ano, assegurou que se houvesse fatos novos manteria a coereência e assinaria a CPI, então acredito que ele mantenha a palavra”, comentou.
Lucas de Brito não foi à sessão ordinária desta terça-feira. A assessoria explicou que ele estaria se dedicando à tese do mestrado, em reta final. Já Chico do Sindicato e João dos Santos preferiram não conversar com a imprensa.
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