Iguatu fala em baixa estatura do time do Campinense como fator determinante para gols sofridos na bola aérea

Na última terça-feira foi a reapresentação do Campinense, que agora foca na partida da rodada #9 da Série C, contra o Remo, fora de casa. Ciente de que os números mostram que a bola aérea vem sendo o grande calo do time na atual temporada, o goleiro Mauro Iguatu frisou que não é falta de trabalho, mas sim de concentração e admitiu que a baixa estatura do grupo é um fator que contribui para esses gols sofridos.

As estatísticas não mentem quando o assunto é a bola aérea no Campinense. 90% dos gols sofridos pelo Rubro-Negro na Série C foram iniciados em bolas alçadas na área, seja em cobranças de escanteio, ou em cruzamentos feitos sem ser com bola parada. Dos cinco gols sofridos na competição, apenas o tento contra a Aparecidense não veio pelo alto.

O goleiro Mauro Iguatu reforçou a fala do técnico Ranielle Ribeiro, que disse logo após o confronto contra o Vitória que a sequência de gols sofridos pela bola aérea não é falta de treino. O capitão do time falou que acredita que é necessário um pouco mais de foco e concentração, mas também citou a baixa estatura do time como um fator que colabora para isso.

"Estamos trabalhando, o professor trabalha incansavelmente isso, principalmente em véspera de jogo. Falta um pouco mais de concentração, um pouco mais de foco e eu acho que tem um agravante. Eu acho a nossa equipe com a estatura muito baixa, isso é algo negativo para nós. É trabalhar isso da melhor forma possível para evitar esses gols", afirmou o goleiro.

Se levarmos em conta apenas o time considerado titular do Campinense, cinco jogadores têm menos de 1,80m: o lateral-esquerdo Emerson (1,68m), o volante Magno (1,67m) e os meias Dione (1,70m), João Paulo (1,78m) e Luiz Fernando (1,69m).

Por outro lado, além do próprio Mauro Iguatu, que tem 1,90m, outros cinco jogadores têm mais de 1,80m: o lateral-direito André Mascena (1,81m) os zagueiros Cleiton (1,95m) e Michel Bennech (1,85m), o volante Jeferson Lima (1,84m) e o atacante Olávio (1,84m). Ou seja, de todo o sistema defensivo, apenas Emerson tem menos de 1,80m, que é considerada uma altura razoável para defensores.

Mauro insistiu em falar que a questão é sobre concentração e defendeu o grupo de atletas, que vem sendo cobrado pela torcida, que pede novas contratações a diretoria. O goleiro acredita que não há necessidade de mudar peças do time e falou também em azar nesses últimos jogos da Série C.

"Não acho que é questão de mudar de peças, é mais posicionamento. É concentrar o máximo, pegar seu marcador e ir até o fim para evitar o gol. Mas de certa forma o jogo aéreo também foi a nosso favor em algumas partidas. Contra o Botafogo-PB, o jogo do empate… Mas a gente está sofrendo mesmo, testamos dando um azar danado com essas bolas aéreas. Mas não é falta de trabalho, é mais a questão do foco e concentração no momento específico", disse.

Apesar dos problemas com as bolas alçadas na área, os números defensivos do Campinense, no geral, são excelentes. Em oito jogos do Brasileiro, foram apenas cinco gols sofridos, sendo a melhor defesa da competição ao lado do Manaus, que também tem cinco gols contra. Esse ponto foi exaltado por Mauro.

"Se olhar como um todo, temos a melhor defesa, junto do Manaus. Então nem tudo está perdido. As vezes é questão de focar e se concentrar, para não sermos penalizados como estamos sendo", finalizou.

Na tarde desta quarta-feira o elenco da Raposa treina no Estádio Amigão. O confronto contra o Remo, próximo compromisso do time na Série C, acontece na próxima segunda-feira, no Estádio Baenão, às 20h.