COTIDIANO
Pressão inédita sobre Ranielle no comando do Campinense aumenta teor decisivo do jogo contra o Manaus
Confronto pela rodada #10 da Série C pode custar o cargo do técnico, segundo informações que correm nos bastidores do clube. Diretoria nega a informação.
Publicado em 10/06/2022 às 11:34
Ranielle Ribeiro vinha tendo uma trajetória tranquila desde que chegou ao Campinense, poucos foram os momentos com maior pressão, mas neste momento ele vem enfrentando a maior prova de fogo de sua caminhada no clube. A sequência de sete partidas sem vencer na Série C do Brasileiro, a pior do clube na história da competição, ligou todos os sinais de alerta no Rubro-Negro. Nos bastidores há quem diga que a "prova dos nove" acontece no próximo sábado, na partida contra o Manaus, e só uma vitória é capaz de salvar o comandante. A diretoria nega a informação.
Trajetória vitoriosa no Campinense
Ranielle Ribeiro é um dos técnicos mais vitoriosos que defenderam o Campinense. Chegou logo após um início trágico de temporada em 2021, com o fatídico um 7 a 1 contra o Bahia na Copa do Brasil e de uma estreia com derrota para o São Paulo Crystal no paraibano, e em pouco mais de um ano à frente do Rubro-Negro quebrou tabus e alcançou metas antigas, como o sonhado acesso para a Série C.
Veio também o bicampeonato estadual e de forma invicta, um vice-campeonato brasileiro da Série D, além de garantir o retorno do clube para a disputa da Copa do Nordeste, o que não acontecia há quatro anos. No Campeonato Paraibano deste ano, além de não perder, em algumas partidas o técnico bancou um time alternativo, como na vitória por 3 a 0 fora de casa, contra o Nacional de Patos, mostrando toda sua visão e competência diante do grupo.
Na Série C o time começou bem. Foram duas vitórias seguidas, contra o Atlético-CE por 1 a 0, fora de casa, e no Amigão contra o Brasil de Pelotas, por 2 a 0. Na rodada #3 um jogo de alto nível contra o ABC, no Frasqueirão, que acabou com derrota por 1 a 0 e muitas queixas do Campinense por conta da arbitragem, reclamações que aconteceram também no empate em 1 a 1 dentro de casa, com a Aparecidense.
Campanha preocupante na Série C
Mas, todos os elementos positivos, agora, são deixados de lado. São muitos fatores que levaram a corda a esticar para o lado do técnico. A primeira crise, que havia acontecido com a má participação do time na Copa do Nordeste, e que ficou adormecida pela campanha invicta do bicampeonato paraibano, voltou com intensidade nesta Série C, após sete jogos sem vencer. Os dois últimos resultados aumentaram mais ainda a pressão.
A derrota em casa para o Vitória, a goleada da última segunda-feira contra o Remo, os pontos perdidos em casa e a pressão da torcida por mudanças no time, são elementos que levaram a uma situação nunca passada pelo técnico. O time ocupa a 16ª colocação na tabela, ficando fora da zona de rebaixamento por ter um cartão vermelho a menos que o Confiança-SE.
Responsabilidade pela goleada contra o Remo
Apesar de tudo que vem acontecendo no brasileiro, antes da partida contra o Remo o Campinense tinha a melhor defesa da competição, com apenas cinco gols sofridos. Depois do confronto, tomando quatro gols e perdendo esse posto, onde a maioria tentos foram por falhas na defesa, o técnico assumiu a responsabilidade e a culpa pelo resultado.
"A derrota tem que ser creditada a minha pessoa. Mudei a nossa zaga, visando sanar o problema da bola aérea, mas infelizmente apareceram outros, então a culpa é única e exclusiva minha. Tenho que trazer essa responsabilidade para mim. O torcedor está chateado, mas quero que eles saibam que todos nós estamos também", disse o técnico.
O técnico também usou o discurso de que no momento o grande objetivo do clube é a permanência na Série C.
Ranielle balança no cargo?
Nos bastidores do clube circula a informação de que caso uma vitória não venha no próximo sábado, contra o Manaus, no Amigão, Ranielle não se sustenta no cargo. De forma oficial a diretoria nega, como afirmou o diretor de futebol, Rômulo Farias.
"Não (procede a informação da saída do técnico). Ranielle tem contrato até o final do ano", disse o dirigente.
A situação é complicada, os últimos números no brasileiro não ajudam, mas Ranielle já demonstrou capacidade de recomeçar e sair de situações adversas, como assim que chegou ao clube, e é nisso que o torcedor se apega. O Campinense tem mais 10 jogos para conseguir uma reviravolta e sair desse cenário caótico e a batalha seguinte é no próximo sábado, dentro de casa, contra o Manaus, onde só a vitória interessa, para seguir fora do Z-4, e também para dar tranquilidade ao seu comandante.
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