VIDA URBANA
Em crise, UEPB analisa reduzir o número de estudantes na instituição
De acordo com o reitor, para reduzir a folha de pessoal é preciso diminuir a quantidade de alunos.
Publicado em 13/01/2017 às 9:02
Vivendo uma realidade de crise econômica, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), pode reduzir o número de novos estudantes na instituição. A informação foi confirmada na manhã desta sexta-feira (13), pelo reitor Rangel Júnior, justificando a necessidade de reduzir o número de alunos para que haja um enxugamento na folha de pessoal, especificamente de professores. A medida seria para equilibrar as finanças da instituição, em virtude das incertezas relacionadas aos investimentos com repasses de verbas. O governo do Estado rebate dizendo que não há como fazer novos investimentos em tempos de crise.
O reitor já havia indicado, em 2014, ao Conselho Universitário (Consuni) a possibilidade de haver o cancelamento de um dos períodos de ingressos de novos alunos, justamente por questões orçamentárias. “Há dois anos a gente vem trabalhando nessa perspectiva de redução. Desde 2014 indicamos ao Consuni que essa possibilidade existiria, passamos 2015 e 2016 sempre numa situação de muita instabilidade, com ameaças de não ter orçamento no final do ano para custear as despesas”, explicou.
A medida, como explica Rangel, iria reduzir o número de estudantes na instituição e, consequentemente, a possibilidade de enxugar a folha de pessoal de professores que, segundo o reitor, representa a maior parte de servidores da UEPB. Atualmente, a universidade tem cerca de 23 mil alunos e a estimativa é de que entrem cerca de 5,7 mil alunos todos os anos. Em contrapartida, o número de estudantes que se formar é de 2,5 mil. Conforme a estimativa, o número de estudantes aumenta mais de 2,7 mil por ano.
Na prática, o período 2017.1, que iria se iniciar no fim de maio, só começaria em outubro e não existiria o ingresso de estudantes em 2017.2. “A única alternativa viável para manter a folha de pessoal é reduzir o quantitativo de docentes. Ainda não é uma decisão, é uma indicação que nós fizemos, isso depende do conselho superior da universidade, que vai debater o assunto e tomar as medidas cabíveis" frisou.
Por sua vez, o presidente do Comitê Gestor do Plano de Contingência da Paraíba, Fábio Maia, disse que não há como o governo do Estado fazer novos investimentos na instituição por causa da crise econômica. Maia acrescentou que o Estado está em dia no repasse de verbas para a UEPB.
Comentários