Foco também na alimentação

O treinamento é específico e deve ser feito com o apoio de um profissional da área. Esse, por sinal, é um dos pontos que merece grande atenção dos candidatos: nada de procurar, do dia para a noite, ganhar a resistência física que é exigida na prova. Isso pode levá-lo, inclusive, a ter alguns problemas de saúde, causando justamente o efeito inverso. A preparação deve, ainda, ser acompanhada por um nutricionista. "Com os treinos, ele aumentará seu gasto energético diário e com uma boa alimentação ele terá uma reposição desses níveis de forma mais eficaz", comenta o preparador físico Fábio Gonçalves.

De acordo com ele, o tempo de preparo depende muito do condicionamento físico em que o candidato se encontra, se ele pratica alguma atividade física ou é sedentário. "Quanto mais condicionado, menor será o tempo necessário. No entanto, para se ter ganhos de força, o tempo mínimo de trabalho deve ser de 3 meses", alerta.

O candidato deve alternar seus treinos em exercícios aeróbios (como corridas, corridas com trotes, corridas mais rápidas e saltos) e exercício anaeróbio como a musculação, para ganho de força e resistência muscular. "Uma dica é o candidato fazer todos os testes do concurso e ver em qual ele tem dificuldade para poder focar nos treinamentos", afirma o treinador.

Para ambos os sexos, os testes que mais exigem dos candidatos são a corrida de fundo de 12 minutos, que exige bastante condicionamento físico e um bom preparo cardiorrespiratório, e a barra fixa, prova na qual o que vale é a força muscular. Na barra fixa, o candidato tem direito a duas tentativas, e deve ter em mente, também, que o controle psicológico é fundamental: caso não consiga da primeira vez, não deve entrar em pânico e, sim, buscar a concentração necessária para ter sucesso na próxima tentativa.

Além do treino físico, portanto, o candidato deve, também, se preparar psicologicamente para as fases da seleção.