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COTIDIANO

Comprador pede suspensão do lance dado no Renatão, e Campinense segue gerindo o CT

Segundo nota da Raposa, solicitação da suspensão se deu pelo fato de o arrematante afirmar não haver a clara demonstração documental acerca da propriedade do imóvel.

Publicado em 13/07/2022 às 11:36


                                        
                                            Comprador pede suspensão do lance dado no Renatão, e Campinense segue gerindo o CT
Foto: Divulgação

A notícia do arremate do Estádio Renatão, do Campinense, em um leilão realizado na terça-feira movimentou o futebol paraibano. Após a diretoria rubro-negra afirmar que não foi notificada sobre a penhora do patrimônio, o departamento jurídico do clube se debruçou para buscar reverter a situação e, ainda ontem, através de suas redes sociais, afirmou que o autor do lance de R$ 3,5 milhões solicitou a suspensão temporária de seu arremate, uma vez que, de acordo com o comprador, não havia a clara demonstração documental acerca da propriedade do imóvel.

Com todos os desdobramentos acerca do caso, o Renatão seguirá sob a tutela do Campinense Clube após a solicitação de suspensão do leilão. Isso porque, de acordo com os representantes jurídicos do arrematante afirmaram que, pelo fato de a Raposa não ter bens cadastrados em cartório, a captação dos documentos necessários para a consumação legal da compra não pôde ser concluída, tornando-se assim o lance juridicamente passível de anulação. A defesa do autor do arremate, no entanto, segue interessada na compra do imóvel.

Antes do pedido de suspensão do leilão, o Campinense já havia divulgado uma nota assinada pelo presidente do clube, Danylo Maia, e pelo diretor jurídico raposeiro, Rembrandt Asfora, mostrando o posicionamento do clube em torno do imbróglio. De acordo com a alta cúpula rubro-negra, a atual gestão não foi notificada formalmente pela justiça sobre a existência do leilão, o que tornaria nulo o ato judicial.

Além de, segundo o clube, não ter havido nenhum aviso, os magistrados da Equipe Cartola alegaram preço vil, ou seja, quando o valor da arrematação é muito abaixo do valor de mercado do imóvel. No caso do Renatão, a justiça cível avaliou o imóvel pela cifra de R$ 7 milhões, quantia significativamente inferior aos R$ 33 milhões da avaliação realizada pela Justiça Trabalhista no ano de 2020. É válido ressaltar que, de acordo com as disposições jurídicas, preço vil se enquadra como uma das poucas possibilidades legais de se solicitar o anulamento de um arremate em leilão. 

Em meio às movimentações extra-campo, o Campinense segue se preparando, em pleno Renatão, para a partida contra o Ferroviário, pela Série C, no próximo sábado, em duelo decisivo na luta pela permanência da equipe na 3ª divisão do Campeonato Brasileiro. A partida acontece às 17h, no Amigão.

Imagem

Pedro Pereira

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