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ECONOMIA

Medicamentos têm diferença de até 82,6%

Levantamento do JORNAL DA PARAÍBA revelou variação de até 82,3% em medicamentos, em cinco das principais redes de farmácias da capital.

Publicado em 28/02/2013 às 13:00


Comprar qualquer medicamento nas farmácias de João Pessoa exige tempo e muita disposição do consumidor para garantir uma boa economia. A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA levantou preços de 10 medicamentos de uso corrente pelos consumidores paraibanos em cinco das principais farmácias que atuam na capital. O levantamento identificou uma variação de até 82,6% no comparativo entre os estabelecimentos.

Segundo a análise, a maior diferença foi identificada no valor do remédio para pressão alta Captopril (25 mg). A caixa com 30 comprimidos custa R$ 13,70 na Pague Menos e R$ 7,50 na Permanente. Por isso, pesquisar, em tempos de alta de inflação e dinheiro mais curto mais uma vez, pode ser a alternativa certa para quem não quer gastar muito.

Em seguida, outros dois medicamentos: Elixir Paregórico e o anti-inflamatório Voltaren aparecem no mercado com divergências de 63,6% e 38,2%, respectivamente, e por isso estão na lista também de maior variação nas farmácias. A menor diferença, por outro lado, foi no preço da Neosaldina, que variou em 11,4% (ou R$ 0,34).

Sobre as diferenças, a presidente do Conselho Regional de Farmácias (CRF), Cila Estrela, relembrou que é preciso ficar atento às variáveis que influenciam no preço do medicamento. “É importante destacar que o preço dos remédios é tabelado, então, a variação de uma empresa para outra depende dos descontos que cada empresa oferece”, explicou.

De acordo com Cila, uma grande rede, normalmente, pode realizar negociações mais vantajosas com as indústrias e oferecer descontos mais competitivos. “Ela compra em quantidade, negocia melhor com o fornecedor e pode trazer preços menores”, disse.

O gerente de uma das unidades da Pague Menos, Josivan Alves, afirmou que, além dos descontos no valor do produto, quando se compra de uma grande quantidade de remédios, em uma grande rede, os valores podem ser arredondados para menos. “Acabam sendo dois descontos. O que damos para quem possui o cartão Sempre, que também reduz o preço dos remédios, e o desconto dependendo da quantidade que for comprada”, afirmou.

Para o gerente da Rede Pharma, Sandro Bezerra, a concorrência ficou acirrada com a abertura de um grande número de farmácias nos últimos anos e que, para se destacarem, as empresas devem buscar mesmo por preços melhores. “O cliente vem buscar o desconto e nós fazemos o melhor para atender aos pedidos”, contou.

SINDIFARMA
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de João Pessoa (Sindfarma-JP), Herbert Almeida, afirmou que os preços máximos dos medicamentos são regulados pela tabela do governo federal. Agora, por causa da concorrência de mercado, há a variação de preço de um mesmo medicamento.

O presidente do Sindfarma-JP explicou que todo ano os laboratórios apresentam a lista de custos e seus percentuais de reajustes dos medicamentos. O governo federal analisa este material e aprova o preço de cada, que deve ser seguido em todo o país. “Então, cada farmácia tem que ter esta tabela com os preços máximos dos medicamentos permitidos pelo governo federal. Mas fica a critério de cada farmácia oferecer o medicamento por um preço menor, até o ponto que suporte seu estabelecimento”, frisou.

De acordo com Hebert Almeida estas tabelas de preços apresentam variação do custo de um mesmo medicamento, dependendo do laboratório. “Então, a variação do valor do medicamento começa já dentro da tabela e vai até a ponta do balcão, dependendo do preço adotado por cada farmacêutico. É a chamada guerra do varejo, e quem ganha com isso é o consumidor que, se pesquisar, pode comprar o remédio mais barato”, frisou.

GENÉRICO PODE SER OPÇÃO ECONÔMICA

Se o paraibano optasse por comprar os 10 medicamentos listados pelo levantamento, a diferença entre o total gasto seria de R$ 151,24 (preços mais caros) contra R$ 110,25 (preços mais em conta), ou seja, pesquisar representaria uma economia de até R$ 40,99 no orçamento do mês.

Sobre esta economia, a presidente do CRF, Cila, acrescentou que, se o consumidor paraibano quer gastar menos, além da pesquisa, ele deve recorrer a produtos de outros laboratórios ou aos genéricos.

“Os genéricos podem ser até 50% mais baratos do que os de marca, eles são bem mais baratos e a população deve procurá-los”, concluiu.

A farmácia Big Ben contabilizou seis melhores preços entre os medicamentos analisados, já a Redemed registrou oito dos preços altos (Colaborou Alexsandra Tavares).

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Jornal da Paraíba

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