ESPORTES
Aderlan critica modelo de futebol na Paraíba e sugere alternativas para melhorar o esporte no estado
Paraibano, destaque do Bragantino, revelou que o esporte no estado ainda carece de melhores estruturas.
Publicado em 20/07/2022 às 16:31
Desde que saiu da Paraíba em 2012, quando atuava pelo Treze, Aderlan passou por alguns estados e até mesmo por Portugal. A consolidação no futebol para o paraibano veio mesmo em São Paulo, defendendo as cores do Bragantino. Destaque do Massa Bruta na lateral direita, o jogador não esqueceu as características futebolísticas da sua região e admitiu: a Paraíba retrocedeu em alguns aspectos no futebol. Para ele, os clubes locais não têm organização suficiente para desenvolverem novos jogadores e se tornarem times-vitrine.
Aderlan iniciou a sua carreira em 2009, quando saiu das categorias de base do Campinense. De lá, foi para o Joinville, mas logo retornou ao seu estado natal em 2011, para atuar pelo Treze. No ano seguinte, o lateral-direito fez boas exibições pelo Galo e saiu do estado novamente. 10 anos depois, agora como destaque no futebol nacional, o atleta de 31 anos avaliou o futebol estadual e crê em evoluções em alguns pontos. Porém, acredita que a organização do esporte ainda carece de melhorias.
Acho que o futebol paraibano retrocedeu em alguns aspectos e evoluiu em outros. Evoluiu na questão de jogo, da tática em campo. Retrocedeu em organização fora do campo, questão do clube se estruturar, ter uma base para revelar jogadores. Acho muito difícil alguns jogadores da casa terem mais oportunidades e o clube ter uma base forte. É daqui que o clube vai revelar e vender alguns jogadores. É o que mantém os clubes. Acho muito difícil se não se estruturar, se não tiver essa união de Treze e Campinense... Sei que existe rivalidade dentro de campo, mas fora de campo eles podiam se unir mais um pouco. A gente sabe da grandeza dos clubes, podiam se unir mais para tentar melhorar o nível de futebol e desenvolver os jogadores da casa, que não tem, comentou.
O paraibano já atuou em clubes sediados em Santa Catarina, Ceará, Alagoas, Minas Gerais e atualmente em São Paulo. Com rodagem no Brasil, Aderlan conheceu estruturas de clubes de futebol pelo país e citou diferenças entre alguns times com os paraibanos. Segundo ele, no Nordeste, Sport, Bahia e até mesmo times do interior do Ceará se destacam. Ainda de acordo com ele, uma das soluções para melhorar as estruturas das equipes paraibanas seria uma melhor interferência dos governos no futebol da Paraíba.
Não tem organização que muitos clubes de fora da Paraíba têm. Você vê a organização do Sport, do Bahia, interior do Ceará, de Fortaleza. São clubes que têm torcidas imensas, mas têm uma estrutura a mais. Participam de competições. O governo e a prefeitura também podiam dar uma ajuda maior para as equipes. Sem ajuda e patrocínio, é muito difícil. É só você ver: quantos jogadores Treze e Campinense revelou em 10 anos? É muito difícil. Se não tiver organização e união para desenvolver o atleta que vem da base e dar o processo de adaptação no profissional, é muito difícil revelar jogadores.
Em 2022, Aderlan entrou em campo em 28 oportunidades, tendo feito quatro jogos na Libertadores, dois na Série A do Campeonato Brasileiro, 11 no Campeonato Paulista e um na Copa do Brasil. Até aqui, o paraibano colaborou com duas assistências.
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