CONVERSA POLÍTICA
SPU dá aval para conversão do antigo lixão do Róger em Parque Socioambiental
O espaço às margens do rio Sanhauá, constituído de terrenos de mangue, está sendo usado irregularmente como depósito de lixo por mais de 40 anos.
Publicado em 28/07/2022 às 11:29
A Superintendência do Patrimônio da União declarou a área do antigo lixão do Roger como de “interesse do serviço público, para fins de execução de Projeto de Recuperação Ambiental, previsto no âmbito do Programa João Pessoa Sustentável”. O movimento é mais um passo para a gestão municipal transformar o espaço em um Parque Socioambiental.
A proposta foi apresentada pelo prefeito Cícero Lucena ainda na campanha eleitoral, mas não é novidade. Em 2003, quando foi desativado em sua segunda gestão, houve uma tentativa de transformação da área, de 309 mil metros quadrados, em parque. Não deu certo.
O espaço às margens do rio Sanhauá, constituído de terrenos de mangue, está sendo usado irregularmente como depósito de lixo por mais de 40 anos. Apesar de nenhuma família viver mais no local, a degradação decorrente do uso inadequado do solo ficou.
Diagnóstico de viabilidade
Em junho, no entanto, foram realizados estudos da região demonstraram viabilidade para as intervenções de recuperação. O diagnóstico foi iniciado em dezembro de 2021 e contou com expertise do pernambucano José Fernando Jucá, engenheiro civil especialista em aterro sanitário.
“Fizemos o estudo de metais pesados (ferro, manganês, alumínio, cromo e zinco) no solo e na água, além da coleta de sedimentos. Pegamos a lama do rio, levamos para o laboratório para análise e não deu nada que inviabilize a implantação do Parque. Isso é uma coisa extraordinária”, assegurou.
A equipe responsável pelo diagnóstico também fez o mapa de delimitação de áreas de uso, porque há áreas que precisam ser preservadas, que precisam ser afastadas do parque e essas áreas dependem do conhecimento físico que a gente já tem.
Os equipamentos a serem implantados ainda serão discutidos com as comunidades do entorno do antigo lixão e toda a população de João Pessoa. Porém, a ideia é setorizar o ambiente com áreas de esporte e campeonatos, lazer contemplativo, infantil, praça de jogos de mesa, artes e cultura, produtividade e profissionalização, proteção ambiental e administrativa.
O trabalho é acompanhado pela Unidade Executora do Programa João Pessoa Sustentável (UEP), as Secretarias de Meio Ambiente (Semam) e de Gestão Governamental (Seggov), e a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur).
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