SILVIO OSIAS
Artistas leem a carta em defesa da democracia brasileira. Estado de direito sempre!
Publicado em 11/08/2022 às 8:16
A democracia brasileira está ameaçada pelo golpismo de Jair Bolsonaro e dos que com ele estão. Isso não é conversa de esquerdista, não. É o que se pode depreender, facilmente, das falas e atitudes do presidente. Também de políticos que estão no poder e de anônimos que se manifestam nas redes sociais. Milhões de brasileiros foram contaminados pelo bolsonarismo, uma patologia que precisa ser superada em nome da retomada do nosso pacto civilizatório.
Daqui a 27 dias, deveria ser comemorado com muita pompa o Bicentenário da Independência. Fosse um bom militar, Bolsonaro teria organizado uma festa para que o 7 de setembro de 2022 fosse maior do que os demais. Como é um mau militar (quem assim o classificou, com inquestionável propriedade, foi o ex-presidente Ernesto Geisel), não deu a mínima à data. Pelo contrário, estimulou manifestações golpistas e nitidamente eleitoreiras do seu gado.
Depois que Bolsonaro enlameou a imagem do Brasil diante de um grupo de embaixadores, pondo em dúvida a confiabilidade das urnas eletrônicas, a sociedade civil entendeu, afinal, que já passava da hora de reagir. A carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa da democracia foi a primeira grande reação. Começou com a assinatura de três mil pessoas convidadas. Aberta depois a adesões, contava, na noite desta quarta-feira (10), com 875 mil signatários.
Nesta quinta-feira (11), será lida na sacada da Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, em São Paulo. Será um dia importantíssimo e histórico para a democracia brasileira. Chamada de "cartinha" pelo presidente Jair Bolsonaro, a carta é um documento apartidário que reúne uma expressiva representação da sociedade civil e suas entidades. Nasceu grande e, no futuro, orgulhará todos aqueles que nela puseram seu nome.
O vídeo que reproduzo em seguida traz artistas lendo a carta. Gente da música popular, do cinema, da televisão, do teatro. O vídeo começa com Fernanda Montenegro e termina com Maria Bethânia. Os homens e mulheres que dele participam são pessoas amadas por milhões de brasileiros. A posição dos artistas consagrados em defesa da democracia é historicamente conhecida. É muito bom ver os mais jovens juntando-se a eles.
ESTADO DE DIREITO SEMPRE!
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