CONVERSA POLÍTICA
MP denúncia Célio Alves por violência política de gênero contra Camila Toscano
O candidato a deputado está sendo acusado promotora eleitoral Danielle Lucena da Costa Rocha de desqualificar a atuação parlamentar da tucana apenas por ser mulher.
Publicado em 17/08/2022 às 8:52 | Atualizado em 25/08/2022 às 10:20
O Ministério Público Eleitoral denunciou o candidato a deputado estadual Célio Alves (PSB) por violência política de gênero praticada contra a deputada estadual e candidata à reeleição, Camila Toscano (PSDB). Ele está sendo acusado pela promotora eleitoral Danielle Lucena da Costa Rocha de desqualificar a atuação parlamentar da tucana apenas por ser mulher.
Conforme os autos do processo, durante entrevista a um programa de rádio, em Guarabira, ele disse que ela Camila Toscano acha que ser deputada “é mostrar a cor do cabelo, o tom da maquiagem, se a roupa está bonita ou não, distribuir sorrisos e dizer que é uma alegria estar aqui”.
Na ação, a promotora eleitoral solicita a “retirada do vídeo discriminatório das redes sociais”.
O ato praticado por Célio Alves, segundo a denúncia, se enquadra na Lei 14.192/21, que estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher durante as eleições e no exercício de direitos políticos e de funções públicas.
A eleição de outubro 2022 é a primeira em que é considerado crime de assédio, constrangimento, humilhação, perseguição e ameaça de uma candidata ou a uma política já eleita. Ainda estabelece que é ilegal atuar com menosprezo ou discriminação à condição de mulher, sua cor, raça ou etnia.
A punição é de até quatro anos de prisão e multa. Se a violência ocorrer pela internet, a pena é mais dura, podendo chegar a seis anos.
Lei estadual - Camila Toscano é autora da Lei 12.247/2022, que cria a Política de Enfrentamento ao Assédio e à Violência Política contra Mulher na Paraíba.
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