CONVERSA POLÍTICA
Jardel disse que UP vai "vigiar pelo programa" se Adjany Simplicio for eleita governadora
Candidato a vice-governador, ele disse que o programa de governo na chapa do PSOL foi construído coletivamente.
Publicado em 22/08/2022 às 8:11
O psicólogo Jardel Queiroz disse que será cogovernador caso a professora Adjany Simplício seja eleita governadora da Paraíba em outubro. Candidato a vice-governador, ele disse que o programa de governo na chapa do PSOL foi construído coletivamente. As declarações foram dadas na sabatina com os candidatos a vice-governador, iniciada pela CBN João Pessoa, na sexta-feira (22).
Caso seja eleito vice, o candidato disse que vai monitorar a execução dos compromissos de campanha, especialmente pelo fato de compreender que é preciso fazer alianças e obter apoio do legislativo para assegurar a governabilidade, mas sem esquecer o programa construído.
Vigiar pelo programa, fazer com que ele seja executado, garantir o máximo de articulações possíveis. Não é fácil administrar o estado, sobretudo na situação que a gente vive hoje de frágil democracia. É necessário fazer uma ampla articulação, na Assembleia legislativa, nos municípios. Quanto mais a gente tiver contato e parcerias para ajudar a gente", explicou.
Aliança com o PSOL
Jardel também justificou o motivo da UP não lançar candidatura própria, conforme a tática eleitoral da executiva nacional, que tem o presidente da legenda, Léo Péricles, na corrida presencial. Segundo ele, o partido ainda está se organizando e tem afinamento ideológico com o Psol em várias pautas.
"Em 2018 apoiamos a candidatura do Psol e o programa de governo desde aquele momento foi construído junto com a UP. É a única candidatura no campo da esquerda que podemos apostar as nossas fichas porque as outras demais candidaturas de oligarquias, nomes já conhecidos, quando não são representantes desse 'desgorveno' do atual presidente", argumentou o candidato.
Esquerda
Apesar de unidos, as duas legendas apoiam candidatos a presidente diferentes. O Psol está em campanha por Lula para presidente. "Todos tem suas questões particulares, como a Rede que está federada com Psol, mas apoia outro candidato localmente", ponderou.
O candidato disse que Lula representa uma parte da esquerda, mas estes partidos tem 'pecando' em não investir no trabalho de base. Os filiados da Unidade Popular não se limitam apenas a votar. Somos militantes no seu bairro, no seu local de trabalho, na associação de morador. É um partido ativo, que consegue colocar o povo em marcha", afirmou.
Segurança pública
Jardel também explicou sobre um projeto polêmico do programa de governo de Adjany, que trata da desmilitarização dos militates. Segundo ele, o objetivo não é retirar as armas das mãos dos policiais, mas promover uma mudança de postura na abordagem de ruas desses profissionais.
Nesse sentido da segurança, Jardel também destacou a necessidade de fortalecer a categoria, de receber aquilo que é adequado para a sua função. Fez duras críticas ao plano de cargo, carreira e remuneração que está desafasado.
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