Como Lula será recebido no JN? E qual será a vibe do candidato?

Lula no Jornal Nacional (Foto/Arquivo). Penso que a noite desta quinta-feira (25) será particularmente especial por marcar o retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à bancada do Jornal Nacional, para ser entrevistado por William Bonner e Renata Vasconcellos.

A ida de Lula ao JN não é meramente mais uma etapa da série de entrevistas que a Globo está promovendo com quem disputa a sucessão presidencial. A ida de Lula ao JN marca o reencontro do maior grupo de comunicação do país com a maior liderança política nacional, os dois reciprocamente arranhados por conta de fatos que ocorreram e de como estes foram tratados pelo jornalismo da Globo.

Esse reencontro, de modo muito eloquente, fala das relações entre imprensa e política. E fala da liberdade dos veículos de comunicação num regime democrático e do controle que os políticos, sobretudo os que estão governando, querem exercer sobre essa liberdade. Não só os que detêm o comando dos grupos de comunicação, mas nós, jornalistas, também sabemos como se dão essas relações e o quanto elas são tensas. Independente de ser de direita, de centro ou de esquerda quem está no poder.

Em 2006, na última vez em que participou de uma entrevista como a de hoje, Lula era presidente e disputava a reeleição. Seu principal adversário era Geraldo Alckmin, então no PSDB. Agora, Alckmin é vice na chapa de Lula, e os dois estarão juntos na ida aos estúdios da Globo. Um tanto irônico, mas salutar para a democracia.

Como Lula será recebido no Jornal Nacional? Qual será o tom das perguntas feitas por William Bonner e Renata Vasconcellos? E qual será a postura de Lula na bancada do JN? Qual será a sua vibe diante das mágoas que, efetivamente, tem da Globo? Perguntas, perguntas. Respostas às oito e meia da noite. Será imperdível.