Nelson Lira critica estatuto do Botafogo-PB e analisa que clube não é democrático

Sempre lembrado nas redes sociais pelos torcedores, Nelson Lira, presidente campeão da Série D do Campeonato Brasileiro em 2013, pelo Botafogo-PB, não pretende retornar ao comando do clube. E ele coloca duas questões para isso não ocorrer: o clima ruim interno atual no Belo e o estatuto da agremiação, que dificulta, na visão dele, um processo mais democrático. 

Atualmente, o grupo político que está com o poder, capitaneado pelo ex-presidente do Conselho Deliberativo, Breno Morais, e pelo atual mandatário da executiva, Alexandre Cavalcanti, tem o interesse de disputar as eleições. Ainda não se sabe apenas se será Alexandre o candidato. Já a oposição parece desarticulada, apesar de existir dentro do clube. Nelson, no entanto, garante não fazer parte de nenhum dos grupos. 

"Esse clima que hoje está instalado no Botafogo-PB é um clima que não favorece nada. Eu não acredito em sucesso com esse clima. E as eleições do Botafogo-PB, que é outro assunto que precisa ser discutido, é a democracia. Não existe a democracia. O sócio-torcedor não tem direito de votar. Então (o clube) é sempre um grupo restrito que está ligado a um grupo que sempre ganha as eleições e consequentemente qualquer pretensão de alguém que queira se candidatar se torna praticamente inviável. É necessário mudar o estatuto", avaliou Nelson Lira em entrevista ao programa CBN Esporte Clube, da Rádio CBN João Pessoa.

Uma reforma no estatuto foi uma das promessas de campanha da chapa liderada pelo presidente atual, Alexandre Cavalcanti. No entanto, nenhuma modificação foi feita no regimento maior do clube, nem sobre o processo eleitoral nem sobre qualquer outro tema. 

As eleições do Botafogo-PB acontecem em outubro. O presidente Alexandre Cavalcanti ainda não confirmou se vai ser ou não candidato à reeleição, embora tenha dito que não prefira. Ele também, no entanto, disse que seria candidato caso alguma chapa que represente um retrocesso no clube queira disputar as eleições. Até aqui, entretanto, não há uma oposição organizada que busque bater chapa.