PT da Paraíba não deve ser obstáculo para reeleição de João Azevêdo, afirma Estela

O PT da Paraíba não será obstáculo para reeleição de João Azevêdo, afirmou a deputada Estela Bezerra (PT), mulher mais bem votada nas eleições à Câmara Federal deste ano. Em entrevista à CBN Paraíba, a petista disse que o partido deve se reunir na tarde desta quarta-feira (5) para definir o apoio para o 2º turno na Paraíba.

Estela explicou que o PT tem um desafio grande que não é apenas na Paraíba, mas nacional, que é eleger Lula presidente, "em detrimento de um movimento ultrafacista", fazendo referência ao concorrente Jair Bolsonaro e Pedro Cunha Lima, a quem questiona por representar uma 'velha oligarquia'.

Segundo a petista, isso obriga o partido a dialogar com setores que não dialogaram com anteriormente, a exemplo do PSB da Paraíba que seguiu rompido nas eleições deste ano, embora o partido esteja unido nacionalmente com Geraldo Alckmin (PSB) na chapa com Lula.

Além do rompimento político com João Azevêdo desde 2019, um dos obstáculos para a aliança seria a coligação da chapa do governador com o PP, que tem Lucas Ribeiro na vice. Estela disse que "nesse momento vale todo o investimento para sustentar o presidente Lula e a campanha eleitoral".

Não existe nenhum óbice de apoiar o PSB na Paraíba. O que existe é uma construção nacional e essa construção nacional coloca o PT dialogando amplamente, entendendo que uma parte do PP que compõe o Centrão também vai dialogar com o PT nesse momento", afirmou Estela Bezerra.

A avaliação da petista é que o desempenho geral de Lula na Paraíba foi bom, com 64% dos votos, mas teve um desempenho 'precário' na região metropolitana de João Pessoa, maioria bolsonarista, assim como o de João Azevêdo, onde Nilvan teve ampla maioria. "Precisamos traçar estratégias que supere as limitações de João", pontuou Estela.

Bancada federal

A parlamentar também fez uma avaliação da bancada federal eleita no último domingo. Para Estela, os nomes são mais do mesmo, com exceção dos candidatos progressistas: Luiz Couto (PT) e Gervásio Maia (PSB). "Uma bancada conservadora, diria até reacionaria, com a hegemonia voltada para a concentrarão de capital e do declínio dos direitos trabalhista e previdenciários", comentou.

Estela ficou na primeira suplência do PT, com 44 mil votos. Apesar da expectativa da militância em eleger duas candidaturas, a deputada disse que saiu feliz com o resultado e disse que ainda não há acordo para uma eventual dança das cadeiras com uma eventual licença de Luiz Couto para que ele assuma temporariamente o mandato.

Ouça a íntegra da entrevista na CBN:

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