MEIO AMBIENTE
Paraibana vai a COP 27 no Egito e pede atenção do mundo ao clima do Nordeste
De acordo com Mikaelle Farias, questões climáticas da região precisam receber a mesma atenção das regiões amazônicas.
Publicado em 18/11/2022 às 11:30 | Atualizado em 22/06/2023 às 14:30
A estudante paraibana Mikaelle Farias, de 20 anos, está participando no Egito da 27ª edição da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27). Mesmo bem jovem, ela já é uma engajada ativista das questões climáticas e está no evento para cobrar a atenção do mundo ao clima no Nordeste brasileiro.
De acordo com a estudante de Engenharia de Energias Renováveis da Universidade Federal da Paraíba, é necessário cobrar de líderes mundiais mais financiamento para a região. "Trata-se de uma das regiões mais impactadas e que mais sofrem com as mudanças climáticas e com as questões sociais de nosso Brasil", atesta a paraibana.
Ela é uma recorrente personagem em eventos climáticos mundo afora. No ano passado, esteve em Glasgow, na Escócia, na COP 26. E na Conferência Estocolmo+50, realizada em maio deste ano, ela integrou uma comitiva do Greenpeace, ONG que luta pela proteção do meio ambiente e do clima no mundo. Além disso, ela integra o movimento Nordeste pelo Clima, que é organizado por juventudes nordestinas para discutir a questão na região.
Mikaelle admite o protagonismo que a região amazônica tem no mundo, mas luta para que o Nordeste receba atenção parecida:
"A gente precisa colocar o Nordeste brasileiro como o centro das discussões nesses espaços internacionais", enfatiza.
No mais, ela comenta a importância de mais nordestinos, mais jovens neste debate. Em outras palavras, ela destaca a importância de "mais representatividade do Nordeste dentro desses espaços internacionais".
Direito do Egito, ela falou dos dias vividos ao longo desta semana. "Está sendo incrível a experiência aqui". E reafirma o convite: "Eu espero que no próximo ano mais jovens do Nordeste estejam dentro da Conferência. Porque a gente precisa avançar cada vez mais na luta, e a gente só vai conseguir isso se tornarmos esses espaços mais plurais", finaliza.
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