CONVERSA POLÍTICA
Wilson ou Branco? Partido Republicanos decide o nome que vai disputar a presidência da AL da Paraíba
Na decisão vai pesar a preferência não declarada do governador e o que o partido e o próprio governo vão dar para o preterido. Até domingo, dizem alguns Republicanos, a decisão já estará tomada.
Publicado em 02/12/2022 às 8:15
Vai sair neste fim de semana o nome do partido Republicanos que vai disputar a presidência da Assembleia Legislativa da Paraíba para o primeiro biênio. A disputa está entre Wilson Filho e Branco Mendes.
A preço de hoje, nos bastidores, Wilson está em vantagem. É que, como líder do governo, carrega o carimbo de que estava sendo preparado para isso. Inclusive, por causa do comportamento moderado, bem no estilo Azevêdo.
Em tese, tem o apoio da cúpula do governo, que não se pronuncia sobre a questão publicamente. É o que se ouve por aí. Porém, a gente sabe que não faltam ruídos nesses processos.
Outra questão: também nos bastidores, partidários dizem que o acordo para o Republicanos ter dois presidentes da Casa, nos próximos quatro anos, foi desenhado para Wilson fazer a dobradinha com Galdino, caso não pudesse ficar mais quatro anos ou não quisesse o desgaste de pleitear oito anos à frente da AL.
O acordo passou por Hugo Mota, o pai de Wilson Filho, Wilson Santiago, e outros nomes que "bancaram" o apoio do Republicanos ao governador, na campanha de João à reeleição.
Apesar de jovem, alegam os defensores, tem a experiência de ter sido deputado federal e reconhecida maturidade para pleitear o espaço.
Do outro lado, Wilson luta contra um parlamentar respeitado pelo governo, fiel e que recorre a experiência de vários mandatos para alegar que é a hora dele.
Branco fez boas relações nos quatro mandatos como deputado estadual (oito eleições da Mesa) e tem recorrido a isso para convencer os pares.
O ex-prefeito de Alhandra tem bons argumentos, inclusive o de que já ajudou muitos presidentes se elegerem, participou de várias Mesas Diretoras, já ocupou várias posições, conhece bem o Regimento da Casa e sabe como conduzir os trabalhos.
A "briga" não é simples e se nenhum dos dois desistir, vai ter prévia. Wilson não quer. Branco está disposta a aceitar. Para ambos, como o número de participantes é pequeno, o processo pode ser um pouco constrangedor.
Hugo Motta, presidente do partido volta de viagem nesta sexta-feira (02) e deve decidir a celeuma para evitar que o clima de divisão estimule a gestação de outros nomes fora do grupo. Já aconteceu. Inácio Falcão (PC do B), por exemplo, já está "na disputa". Além de Eduardo Carneiro (SD). Todos da base.
Na decisão, vão pesar a preferência não declarada do governador e o que o partido e o próprio governo irão dar para o preterido. Até domingo, dizem alguns Republicanos, a decisão já estará tomada.
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