CONVERSA POLÍTICA
Rosa Weber envia à PGR pedido de Bolsonaro para investigar Julian Lemos por acusação de agressão contra Michelle
Ao Conversa Política, Julian Lemos disse que irá esperar o momento oportuno para expor o que for necessário e que não teme processos.
Publicado em 03/01/2023 às 10:50
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para que seja aberta uma investigação criminal contra o deputado Julian Lemos (União).
A ação foi movida após o paraibano, ex-aliado de Bolsonaro, acusar o então presidente de bater na ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Na ação, Bolsonaro afirma que “são claras as ofensas dirigidas contra mim e minha família, o que atrairia a incidência dos tipos penais que tratam dos crimes contra a honra”.
Ao Conversa Política, Julian Lemos disse que irá esperar o momento oportuno para expor o que for necessário. "Não tenho nada a esconder, ele sim, e não terei problemas em dizer na cara dele o que sei e que ele sabe ou esqueceu que sei. Ele deve esta ainda desorientado com tanto problemas pessoais, e talvez queira mais alguns", afirmou.
Ainda segundo o deputado, "Jair Bolsonaro, se fosse o mínimo racional, deveria saber que nunca fui um dos seus vassalos, se ele acha que já não tem com o que se preocupar, que faça o que acha que deve fazer", completou.
Recentemente o paraibano anunciou que pretende escrever um livro autobiográfico em que pretende revelar bastidores do período em que acompanhou a família Bolsonaro. Um dos capítulo, adiantou, seria sobre a relação do ex-presidente com a esposa.
Andamento do processo
Rosa Weber determinou a "abertura de vista dos autos" ao procurador-geral da República, Augusto Aras, "a quem cabe a formação da opinio delicti em feitos de competência desta Suprema Corte, para manifestação no prazo regimental”.
De acordo com a ação, foi feita uma requisição de abertura de investigação criminal fundada no Código Penal, dirigida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública ao Diretor-Geral da Polícia Federal (PF) e encaminhada ao Supremo pela autoridade policial “para apreciação do foro competente, bem como para eventual autorização de instauração de inquérito”.
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