SAÚDE
Polidactilia: um relato a duas mãos e doze dedos
Condição virou assunto nas redes sociais, após Marvvila, participante do BBB 23, contar que nasceu com polidactilia, ou seja, um dedo a mais.
Publicado em 08/02/2023 às 15:58
![Polidactilia: um relato a duas mãos e doze dedos](https://cdn.jornaldaparaiba.com.br/wp-content/uploads/2023/02/500x700/Polidactilia-Luana-Silva-9.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.jornaldaparaiba.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2023%2F02%2FPolidactilia-Luana-Silva.jpeg%3Fxid%3D629693&xid=629693)
"O que é isso na tua mão?", "não tem vontade de tirar?"... sempre ouço perguntas como essas quando alguém percebe que tenho um dedo a mais em cada mão. A polidactilia virou assunto nas redes sociais, após a participante do BBB 23 Marvvila contar que nasceu com a condição.
Marvvila e Ricardo treinavam na academia do BBB 23 quando o brother reparou um dedo extra na mão da participante. "Eu não sei como é o nome, eu sei que é um dedo pendurado. (...) Eu ia arrancar antes de vir pra cá", explicou a cantorra.
Assim como Marvvila, eu e outras pessoas na minha família nascemos com os 'dedinhos' a mais nas mãos. Meus familiares, no entanto, fizeram a cirurgia de retirada ainda na maternidade, ficando no lugar apenas uma 'bolinha' pequena, como uma cicatriz.
![Polidactilia: um relato a duas mãos e doze dedos](https://cdn.jornaldaparaiba.com.br/wp-content/uploads/2023/02/500x300/WhatsApp-Image-2023-02-08-at-15.49.03-9.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.jornaldaparaiba.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2023%2F02%2FWhatsApp-Image-2023-02-08-at-15.49.03.jpeg%3Fxid%3D629694&xid=629694)
No meu caso, minha mãe não quis que eu fizesse a cirurgia quando nasci porque eu estava doente, com icterícia. A ideia era esperar eu me recuperar, ganhar peso e me desenvolver com saúde para depois tirar os dedinhos. Até porque, é uma questão acima de tudo estética.
Os anos foram passando, fui crescendo e me apegando aos dedos a mais. A minha mão era assim, com polidactilia tudo. Era como tirar uma parte de mim, risos.
Na adolescência, cheguei a marcar uma cirurgia. Estava 'uma moça', e os dedinhos não 'ornavam' com a unha grande ou esmaltes. Quando estava na cadeira para fazer o procedimento, chamei minha mãe e comecei a chorar, pois percebi que o que eu estava fazendo era mais uma decisão dos outros do que minha.
Hoje, aos 29 anos, os dedos a mais permanecem aqui, não sei se vou sentir vontade de retirá-los um dia. Por enquanto, às vezes até esqueço que eles estão aqui, mas sempre que pinto as unhas, lembro dos 'adoráveis assustadores' mascotes das minhas mãos.
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